VÍDEO: PM diz que teria atirado em homem jogado de ponte em SP

Atualizado em 4 de dezembro de 2024 às 8:58
Momento em que homem é jogado de ponte no bairro Vila Clara, em São Paulo – Foto: Reprodução

Um vídeo divulgado pelo Metrópoles mostra um policial militar afirmando que “teria dado um tiro” no homem que foi arremessado de uma ponte na Zona Sul de São Paulo. A gravação foi feita na terça-feira (3), em frente à Corregedoria da Polícia Militar, onde o PM relatava a ação aos advogados. Durante a conversa, ele descreveu a perseguição que levou ao episódio e admitiu ter considerado atirar no suspeito. Treze policiais envolvidos no caso foram afastados.

O soldado Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, foi apontado como o autor do arremesso do homem rendido da ponte, segundo as investigações iniciais. O advogado de Pereira confirmou seu depoimento, mas não comentou sobre a acusação. O vídeo, que circula nas redes sociais, mostra o momento em que o homem, identificado pela camisa azul, é erguido e jogado da ponte. Apesar dos ferimentos, ele sobreviveu e está internado em um hospital de Diadema, com estado de saúde estável.

Inicialmente, os registros da Polícia Militar omitiram o arremesso do homem. Segundo o boletim interno, os policiais relataram apenas uma perseguição durante a dispersão de um baile funk na região. Após a divulgação do vídeo, o caso foi formalizado, e um inquérito foi instaurado. O governador Tarcísio de Freitas classificou a ação como inaceitável, afirmando que o policial envolvido “não está à altura de usar a farda da corporação”.

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também criticou o episódio e destacou que “nenhum tipo de desvio de conduta será tolerado”. Ele determinou o afastamento imediato dos policiais envolvidos e assegurou que a corporação seguirá os protocolos para investigar e punir os responsáveis. Derrite ressaltou que as ações da Polícia Militar devem se basear no respeito à lei e na proteção da população.

A operação foi conduzida por agentes da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) do 24º Batalhão Metropolitano. Os policiais afirmaram, no registro inicial, que houve disparos de arma de fogo, mas não especificaram a origem dos tiros. Somente após o vídeo viralizar, as informações completas sobre o caso começaram a ser analisadas pela Corregedoria.

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