Rebeldes avançam em Damasco e colapsam defesas de Assad, relatam moradores

Atualizado em 7 de dezembro de 2024 às 23:22
Tanques posicionados após rebeldes liderados pelo HTS avançarem em Hama, em 6 de dezembro de 2024. Foto: Divulgação

O conflito na Síria continua a se intensificar, com as forças rebeldes aparentemente alcançando a capital Damasco, enquanto as defesas do regime de Bashar al-Assad mostram sinais de colapso. Moradores da cidade relataram confrontos violentos, especialmente no bairro de Barzeh, onde combatentes rebeldes estão em movimento e intensificando os confrontos com as tropas do governo sírio.

De acordo com testemunhas, há uma queda nas comunicações, com a eletricidade e a internet sendo severamente afetadas, enquanto a população local busca refúgio em suas casas.

Uma fonte militar, em contato com a CNN, confirmou que, enquanto os rebeldes se aproximam do centro da capital, eles estão ocupando posições estratégicas e realizando operações especiais. Embora os combatentes tenham tentado localizar o presidente Assad, as tropas rebeldes não conseguiram encontrá-lo, levantando especulações sobre o possível colapso do regime.

Os ataques rebeldes se expandem para o norte, sul e leste de Damasco, com os subúrbios da cidade a menos de 8 quilômetros do centro, e em alguns casos, a apenas 1 quilômetro de distância. As forças anti-regime estão se aproximando rapidamente do coração da capital, o que sugere um enfraquecimento do controle do governo sobre a cidade.

Ataque em Damasco. Foto: Divulgação

A guerra civil na Síria começou em 2011, após o regime de Bashar al-Assad reprimir manifestações populares durante a Primavera Árabe. Desde então, o país mergulhou em um conflito devastador, com a formação do Exército Sírio Livre (FSA), um grupo rebelde que lutou contra o regime. Em meio ao caos, o Estado Islâmico (ISIS) também ganhou força e chegou a controlar grande parte do território sírio.

Ao longo dos anos, a guerra se transformou em uma “guerra por procuração”, com vários atores regionais e potências mundiais envolvidos no conflito. A Rússia se aliou ao governo de Assad, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para combater o Estado Islâmico.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito se tornou relativamente “adormecido”, com confrontos esparsos, mas a recente escalada dos rebeldes em direção a Damasco mostra que o conflito ainda está longe de uma resolução. A ONU estima que mais de 300 mil civis foram mortos ao longo da guerra, enquanto milhões de sírios foram forçados a fugir de suas casas.

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