O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nesta terça-feira (10) que o governo não vê necessidade de afastar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após passar por uma cirurgia de emergência nesta madrugada.
“Em um primeiro momento, nós estamos trabalhando de que não vai haver necessidade de afastamento formal do presidente. As agendas de hoje estão mantidas, vão ser realizadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin”, disse Pimenta à Rádio Gaúcha.
A Constituição estabelece situações específicas em que o presidente da República deve transferir o exercício do cargo ao vice-presidente. No entanto, a norma não é clara em casos em que o presidente deixa de exercer suas funções por um curto período, como em uma cirurgia.
“O estado de saúde do presidente é totalmente estável. Está consciente, está tranquilo. Foi uma precaução, digamos assim, necessária por conta desse acompanhamento que tem sido feito de forma regular desde o momento que o presidente teve essa contusão aí na cabeça, uma batida na cavidade do crânio e isso evidentemente tem consequências”, acrescentou o ministro.
Pimenta afirmou que se reuniu com Lula na segunda-feira (9) e, embora o presidente estivesse “um pouco sonolento e cansado”, ele cumpriu seus compromissos normalmente.
Desde o acidente doméstico em 19 de outubro, quando caiu e bateu a cabeça em um banheiro do Palácio da Alvorada, Lula tem feito exames regulares para monitorar qualquer consequência.
Ainda na entrevista, Pimenta contou que o petista está tomando um remédio anticonvulsivo desde o episódio por precaução.