
O advogado do general Walter Braga Netto, José Luís Oliveira Lima, afirmou nesta quinta-feira (19) que a declaração do tenente-coronel Mauro Cid sobre a participação do ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL) em uma tentativa de golpe de Estado é “ficção”.
Lima ainda pediu que o militar seja ouvido pela Polícia Federal (PF) para apresentar sua versão dos fatos. “A fala de Cid é fantasiosa, mentirosa, uma ficção”, disse o advogado à CNN Brasil.
Segundo o criminalista, Cid mudou o seu depoimento ao ser ouvido pelo ministro do Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi intimado a prestar esclarecimentos após a PF identificar contradições e omissões em depoimentos anteriores.
“Em março, ele prestou um depoimento, mas mudou a versão agora quando estava correndo o risco de perder a delação”, afirmou.

Em seu novo depoimento, Cid relatou que Braga Netto entregou dinheiro em uma sacola de vinho ao então major Rafael Oliveira, membro das Forças Especiais, para a execução pelos “kids pretos” do plano golpista. O tenente-coronel também disse que o recurso veio do “pessoal do agronegócio”.
No entanto, a defesa de Braga Netto negou essa versão e alegou que a reunião realizada na casa do general foi uma simples confraternização entre os militares.