
A Polícia Civil do Amapá abriu uma investigação sobre a disseminação de fake news envolvendo o governador Clécio Luís e o senador Davi Alcolumbre, com suspeitas de envolvimento do secretário de Comunicação da Prefeitura de Macapá, Diego Santos. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e no meio político após o publicitário divulgar informações falsas sobre a programação do Réveillon do Amapá em grupos de WhatsApp.
Na manhã de quarta-feira (18), Diego Santos enviou mensagens enganosas nos grupos “Política AP” e “Sindjor”, afirmando que o show do cantor Pablo, confirmado pelo Governo do Estado, seria cancelado. Além disso, espalhou a falsa informação de que o evento estava sendo investigado pelo Ministério Público por cobrar ingressos, quando, na realidade, o Réveillon do Amapá é gratuito e acontecerá de 28 a 31 de dezembro no anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá.
Após perceber o erro, o secretário apagou as mensagens rapidamente, mas muitos membros dos grupos já haviam tirado prints das publicações e as compartilhado em outros canais, ampliando o impacto nas redes sociais. As mensagens, que continham artes visuais produzidas por um designer profissional, criticavam diretamente a gestão do governador Clécio Luís e o evento promovido pelo governo estadual.
O episódio gerou repercussão entre jornalistas e analistas políticos, que associaram a atitude de Diego Santos a uma possível estrutura de disseminação de fake news ligada ao prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB). A suspeita de um “gabinete do ódio” informal, voltado para atacar adversários políticos, cresceu após o incidente.
Prefeito de Macapá, Dr. Furlan. Foto: DivulgaçãoJornalistas presentes nos grupos afetados expressaram indignação e avisaram que iriam cobrar um posicionamento do Sindicato dos Jornalistas do Amapá (Sindjor), com a expectativa de que uma nota de repúdio fosse emitida sobre o ocorrido.
Este não é o primeiro episódio polêmico envolvendo Diego Santos. Em junho deste ano, ele se tornou réu em um processo por injúria e difamação, acusado de espalhar fake news contra o governador em outro grupo de WhatsApp. A Justiça aceitou a queixa-crime e ele foi intimado a apresentar sua defesa.
Além disso, o secretário já foi alvo de denúncias sobre irregularidades em contratações de serviços emergenciais de publicidade durante sua gestão. Relatórios apontam pagamentos indevidos e a utilização de recursos do Fundo Municipal de Saúde para fins publicitários do evento Macapá Verão.
Até o momento, nem Diego Santos nem a Prefeitura de Macapá se manifestaram oficialmente sobre o incidente. A investigação sobre as fake news e a conduta do secretário segue em andamento.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line