
Nesta sexta-feira (20), o Banco Central fez um novo leilão de câmbio, vendendo US$ 3 bilhões à vista para conter a alta do dólar. A medida surtiu efeito imediato, com o dólar à vista recuando 1,06%, cotado a R$ 6,0590 às 9h51. No dia anterior, a moeda norte-americana havia fechado a R$ 6,1237, após atingir picos de até R$ 6,30.
Além dessa intervenção, a autarquia programou mais dois leilões de linha com recompra para o mesmo dia, totalizando US$ 4 bilhões. Com todas as ações realizadas desde 12 de dezembro, a instituição pode injetar até US$ 27,76 bilhões no mercado apenas neste mês, superando o recorde de US$ 23,35 bilhões registrado em março de 2020, durante a pandemia de covid-19.
Na quinta-feira (19), o BC já havia despejado US$ 8 bilhões no mercado por meio de dois leilões à vista – essa foi a maior intervenção da história na modalidade, mais do que o dobro do recorde anterior, estabelecido em março de 2020, com US$ 3,465 bilhões.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, explicou que a instituição está monitorando diariamente os fluxos de saída de dólares do país, que estão acima da média. Segundo ele, as intervenções são necessárias para corrigir disfunções no mercado de câmbio e estabilizar a moeda.

Campos Neto também afirmou que o Bacen está analisando continuamente as demandas do mercado e os instrumentos disponíveis para intervenções. “Isso não significa que a gente não vai atuar daqui para a frente com swaps; a gente sempre olha as demandas, os fluxos, o que está mapeado na Ptax e escolhe os melhores instrumentos”, afirmou.
A instituição tem liberdade para escolher entre diferentes ferramentas, incluindo leilões de linha e swaps cambiais. Campos Neto destacou que a decisão sobre qual instrumento utilizar é baseada nas condições específicas do mercado em cada momento.
Essas intervenções ocorrem em um contexto de alta volatilidade cambial, com o dólar sendo pressionado por fatores externos e internos. O aumento das saídas de dólares tem exigido ações mais intensas por parte da autoridade monetária para evitar maiores desequilíbrios.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line