
Na manhã deste domingo (22), uma aeronave de pequeno porte caiu na área urbana de Gramado, na Serra Gaúcha, logo após decolar do aeroporto de Canela. De acordo com Marcelo Sulzbach, presidente do aeroclube da cidade, o avião entrou em uma nuvem assim que deixou o solo, devido às condições meteorológicas adversas.
Ele afirmou que, embora o voo tenha ocorrido normalmente em termos operacionais, a visibilidade estava comprometida pelo nevoeiro, dificultando o voo seguro.
A aeronave, um turboélice da fabricante Piper Aircraft, modelo PA-42-1000, estava com a documentação regular e transportava nove pessoas, incluindo familiares do empresário Luiz Claudio Galeazzi. Segundo a Defesa Civil, não há sobreviventes, e ao menos 15 pessoas foram levadas a hospitais da região devido a ferimentos, com duas em estado grave.
O acidente aconteceu pouco depois da decolagem, e os destroços da aeronave atingiram um prédio, uma casa, uma loja de móveis e, por fim, uma pousada. A aeronave havia partido de Canela com destino a Jundiaí, em São Paulo, e o acidente ocorreu em uma área bastante central de Gramado, próximo à Avenida das Hortênsias.
O capitão do Corpo de Bombeiros, Pedro Henrique Costa, confirmou que a aeronave, ao cair, provocou danos significativos em diversas construções no local. O Corpo de Bombeiros está atuando na área para controlar os destroços e prestar socorro às vítimas.
? Assista ao momento em que o avião decola do Aeroclube de Canela, minutos antes do trágico acidente em #Gramado. As autoridades estão investigando as causas da queda. pic.twitter.com/6OqFVFDJXP
— taldoestagiario ? (@taldoestagiario) December 22, 2024
A equipe da Força Aérea Brasileira (FAB) também foi acionada para iniciar a investigação sobre as causas do acidente. Sulzbach explicou que o aeroporto de Canela, onde a aeronave decolou, não possui torre de controle e, portanto, depende das condições visuais para decolagens.
Segundo as regras de tráfego aéreo, para decolar em Canela, é necessário que a visibilidade horizontal seja de pelo menos 5.000 metros e a altura do teto de nuvens seja de no mínimo 1.000 pés. No momento do acidente, as condições estavam abaixo desses parâmetros, o que indicaria que a decolagem não deveria ter ocorrido.
A FAB informou que os investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciaram uma análise preliminar do acidente. A equipe técnica está recolhendo dados e preservando os elementos de prova para apurar as causas do incidente.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, visitou o local e afirmou que as primeiras investigações indicam que as condições meteorológicas não eram adequadas para a decolagem, mas que uma investigação mais detalhada será realizada. “Não podemos confirmar as causas ainda, mas as condições do tempo não eram ideais para o voo”, disse Leite.
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