
O Estado de São Paulo, sob a gestão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), registrou uma alta de 23% nos latrocínios (roubos seguidos de morte) em novembro deste ano, passando de 13 para 16 casos, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP). O aumento consolida uma tendência observada ao longo de 2024: de janeiro a novembro, houve crescimento de 10,8% nos casos. Neste levantamento, a SSP não apontou se houve alta no número de mortes causadas por policiais.
Apesar do aumento nos latrocínios, outros crimes tiveram quedas significativas no mesmo período. Os roubos, por exemplo, diminuíram 18,9%, com cerca de 15 mil ocorrências em novembro, contra 18,5 mil no mesmo mês de 2023. A SSP destacou que esse foi o menor índice de roubos para novembro desde o início da contabilização, em 2001.
Houve também uma redução nos furtos, que caíram 3,1% no comparativo anual, com 46,3 mil registros em novembro.
Os estupros recuaram 8,3%, totalizando 1.164 casos no mês. No entanto, a redução dos casos de estupro ocorre após uma alta histórica registrada em outubro, quando a capital paulista teve 317 ocorrências, o maior número desde 2012.
Por outro lado, os homicídios tiveram um aumento sutil de 0,9% em novembro, com 226 vítimas ante 224 no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, contudo, os homicídios mostram uma queda de 2,9%, com 2.379 vítimas, sinalizando uma leve melhora em relação a períodos anteriores marcados por confrontos violentos entre organizações criminosas.
Entre os episódios que refletem a violência no estado, destaca-se a execução do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em novembro. Ele foi morto a tiros junto ao motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, alvejado com um tiro de fuzil nas costas. O caso, com 27 disparos efetuados por criminosos encapuzados, segue sob investigação.

Em números gerais, só na capital paulista, os latrocínios se mantiveram estáveis em novembro, com quatro registros no mês, mas o acumulado do ano indica aumento de 32,4%, com 49 casos até agora. Por outro lado, a cidade registrou quedas em novembro nos índices de homicídios (-21,57%), roubos (-17,29%), furtos (-3,10%) e estupros (-5,20%).
Embora o levantamento da SSP não aponte os registros de mortes causadas por agentes do estado, os dados do Ministério Público revelam que, até novembro deste ano, 673 pessoas morreram em intervenções policiais, um aumento de 46% em relação a 2023.
Isso representa uma média de 61 mortes por mês, duas por dia, ou uma a cada doze horas. Entre janeiro e 17 de novembro, 673 mortes foram registradas, sendo 577 causadas por policiais em serviço e 96 por agentes de folga.
Nos últimos meses, episódios de violência policial em São Paulo geraram ampla repercussão entre autoridades e entidades de direitos humanos, colocando em debate o preparo dos policiais militares e as políticas de segurança pública conduzidas por Tarcísio e pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
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