Lula conversa por telefone com Putin e agenda ida à Rússia

Atualizado em 27 de janeiro de 2025 às 14:58
Lula em conversa por telefone com Putin, presidente da Rússia, em 2024. Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta segunda-feira (27), sua intenção de viajar a Moscou em maio de 2025 para participar das celebrações do Dia da Vitória, que marca os 80 anos da rendição da Alemanha nazista, perante às forças militares da União Soviética, na Segunda Guerra Mundial. O convite foi reafirmado durante uma ligação telefônica entre Lula e o presidente russo, Vladimir Putin.

O telefonema, que não constava na agenda oficial de Lula, foi divulgado por meio de nota do Palácio do Planalto. Além do evento em Moscou, os líderes discutiram temas de relevância global, como a guerra na Ucrânia e iniciativas do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e recentemente ampliado com a entrada da Indonésia.

A guerra na Ucrânia, que completará três anos em fevereiro de 2025, foi um dos pontos centrais da conversa. Segundo o Planalto, Putin demonstrou interesse nos trabalhos do Grupo de Amigos da Paz, iniciativa lançada por Brasil e China no ano passado com o objetivo de buscar uma solução negociada para o conflito no Leste Europeu.

Lula, em seu segundo mandato, ao lado de Putin. Foto: Ria Novosti/Pool/Alexei Druzhinin

Porém, os esforços do grupo não avançaram devido à resistência, principalmente da Ucrânia, que considera as propostas do plano sino-brasileiro tendenciosas em favor de Moscou. A neutralidade brasileira no conflito tem sido alvo de críticas internacionais, especialmente por países alinhados à Ucrânia.

Outro tema abordado foi a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta liderada pelo Brasil e elogiada por Putin. A iniciativa, que também conta com a adesão da Rússia, busca articular esforços multilaterais para combater a insegurança alimentar e a pobreza extrema em escala global.

Os presidentes ainda discutiram os próximos passos do Brics, especialmente o fortalecimento de iniciativas de comércio e a ampliação do bloco, que agora inclui a Indonésia como novo membro. Ambos expressaram otimismo com a capacidade do grupo de liderar ações estratégicas no cenário internacional.

A conversa foi acompanhada pelo chanceler Mauro Vieira e pelo assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim.

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