
O novo cenário político nos Estados Unidos vem destacando a relação estreita entre bilionários, big techs e a CIA. No entanto, uma figura central tem passado despercebida: Peter Thiel. Embora pouco explorado pela mídia, ele é peça fundamental no tabuleiro da geopolítica mundial e na ascensão do conservadorismo contemporâneo. Com informações da Jacobin.
Conhecido como cofundador do PayPal e figura de influência em grandes empresas como Palantir, Thiel se destaca por seu poder político e capacidade de articulação. Ele esteve presente em momentos cruciais, como a ascensão de Mark Zuckerberg no Facebook e a aquisição do Twitter por Elon Musk.
Apesar de não possuir a fortuna de Musk, sua influência sobre as big techs e sua relação com o “Estado profundo” o tornam um dos principais nomes nos bastidores do poder.
Nascido na Alemanha Ocidental, Peter Thiel passou parte da infância na África do Sul durante o Apartheid e mais tarde se estabeleceu na Califórnia. Formado em filosofia e direito pela Universidade de Stanford, iniciou sua carreira no boom tecnológico dos anos 1990.
O sucesso no PayPal impulsionou sua posição no Vale do Silício e criou o que ficou conhecido como a “máfia do PayPal” — um grupo de empreendedores que revolucionou o mercado de tecnologia. Embora tenha apoiado candidatos libertários em anos anteriores, como Ron Paul, ele se aproximou de Donald Trump durante a campanha de 2016, tornando-se uma peça-chave na consolidação do trumpismo.

Ele também financiou figuras emergentes do conservadorismo, como JD Vance, atual vice-presidente e potencial sucessor político do republicano. O vínculo entre Thiel e o universo conservador vai além da política. Admirador do escritor J.R.R. Tolkien e seguidor do filósofo René Girard, ele combina uma visão de mundo reacionária com um discurso que critica a modernidade iluminista e valoriza ideais como a monarquia absolutista.
A empresa Palantir, financiada por Thiel, desempenha um papel estratégico como fornecedora da CIA. Essa ligação reflete a simbiose entre grandes corporações de tecnologia e o governo americano, onde o militarismo e os subsídios públicos impulsionam os avanços tecnológicos. Apesar de sua retórica libertária, o empresário é amplamente beneficiado por recursos estatais, o que evidencia as contradições de sua ideologia.
Seu apoio ao crescimento das redes sociais desempenhou um papel decisivo na popularização da extrema direita, superando até mesmo o poder financeiro de candidatos democratas. Ele ajudou a moldar o cenário político americano, promovendo a polarização e o fortalecimento de movimentos conservadores.
Ao mesmo tempo, sua influência levanta questões sobre o futuro da democracia e do papel das big techs. Thiel se posiciona como crítico da inclusão e da diversidade, enquanto utiliza essas plataformas para promover sua agenda política.
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