
A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) cancelou, nesta quarta-feira (29), a reunião de urgência que havia sido convocada para discutir as mudanças na política migratória dos Estados Unidos.
O encontro, solicitado pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, visava debater a deportação de imigrantes latino-americanos, mas não contou com consenso entre os países-membros. Três nações trabalharam pelo cancelamento, incluindo a Argentina, cujo presidente, Javier Milei, aliado de Donald Trump, atuou para bloquear a reunião.
A decisão foi anunciada pela presidente de Honduras e atual líder da Celac, Xiomara Castro, que justificou o cancelamento pela falta de acordo entre os participantes.

Sem mencionar nomes, Castro afirmou em comunicado que alguns países “privilegiaram outros princípios e interesses diferentes aos de unidade da região latino-americana e caribenha”. Até o momento, não há previsão para um novo encontro.
“Os migrantes e seus direitos (…) constituem uma preocupação comum que deve ser abordada com objetividade e responsabilidade. No entanto, (…) novamente recebemos a posição sistemática de países membros que privilegiaram outros princípios e interesses diferentes aos de unidade da região latino-americana e caribenha”, declarou Castro no comunicado.
Além da falta de consenso, a disputa entre Colômbia e Estados Unidos, motivo original da convocação, perdeu força após Gustavo Petro recuar e aceitar a deportação de colombianos que vivem nos EUA.