
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem sinalizado a aliados que aceitaria disputar a Presidência da República em 2026, caso seja convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda assim, segundo a Folha de S.Paulo, sua preferência continua sendo tentar a reeleição estadual, na qual avalia ter maiores chances de vitória.
Apesar da queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tarcísio ainda enfrentaria um cenário desafiador em uma disputa nacional. Uma pesquisa da Quaest, divulgada no início deste mês, mostrou que Lula venceria o bolsonarista em um segundo turno hipotético, com 43% dos votos contra 34% de Tarcísio.
Na segunda-feira (17), durante um evento do PL em Guarulhos, na Grande São Paulo, ele reafirmou seu apoio a Bolsonaro como candidato do partido em 2026.
“Nossa responsabilidade é trabalhar para que, em 2026, a prosperidade e a esperança retornem. E a nossa esperança é a maior liderança da direita, que hoje está no PL e que vai voltar a ser o nosso presidente da República, que é Jair Messias Bolsonaro”, declarou.
O discurso, no entanto, ignorou o fato de que Bolsonaro está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A punição foi aplicada por abuso de poder político, relacionado ao uso do 7 de Setembro e às declarações falsas sobre urnas eletrônicas feitas pelo ex-presidente em uma reunião com embaixadores em 2022.

Tarcísio já havia deixado claro que o candidato da direita em 2026 seria Bolsonaro “ou quem ele indicar”, abrindo espaço para a possibilidade de sua própria candidatura. No ano passado, o governador também sinalizou a aliados que não negaria um eventual pedido do ex-presidente para que ele concorresse ao Planalto.
Após uma conversa com Bolsonaro no último final de semana e a divulgação de uma pesquisa Datafolha que apontou queda na aprovação de Lula, Tarcísio reforçou essa posição.
Segundo um aliado, o governador admitiu que aceitaria concorrer à Presidência, caso fosse convocado por Bolsonaro. A relação entre os dois é marcada por uma lealdade que Tarcísio mantém desde sua formação no Exército, baseada em respeito à hierarquia.
Isso o impediria de se posicionar de forma mais incisiva sobre o tema. Um integrante do governo paulista afirmou que o governador ainda não tem convicção sobre uma candidatura presidencial.
De acordo com parlamentares do PL, o plano eleitoral de Bolsonaro reduz as possibilidades do governador. O ex-presidente pretende insistir em sua pré-candidatura até o registro da chapa, como fez Lula em 2018.
Além disso, aliados de Bolsonaro afirmam que sua sucessão deve permanecer “em família”. Caso sua inelegibilidade seja confirmada, o ex-presidente pretenderia apoiar seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ou sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL).
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