
Após se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta quarta-feira (19), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) discutiu com um homem que o abordou falando sobre a possível prisão do líder da extrema-direita pela tentativa de golpe. Na terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a denúncia contra o ex-presidente e outras 33 pessoas pela intentona do fim de 2022.
“Bolsonaro vai ser preso, hein”, exclamou o homem. “Pelo quê?”, rebateu o parlamentar. O homem então falou da denúncia da PGR, mencionando as 272 páginas assinadas por Paulo Gonet que expõe crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.
“Quer uma lista dos crimes? Foram 272 páginas”, explicou o homem enquanto Nikolas tentava desviar o foco para outros casos de corrupção no Brasil: “Foi por dinheiro na cueca? Não foi, né? Propina não foi”, disse o parlamentar, ignorando a investigação da Polícia Federal. Veja:
VÍDEO: Nikolas Ferreira bate-boca com homem que disse “Bolsonaro vai ser preso”.
Cena ocorreu após reunião de lideranças da oposição com o ex-presidente nesta quarta-feira (19/2).
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— Metrópoles (@Metropoles) February 19, 2025
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou na terça-feira (18) uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 32 pessoas, acusando-os de tentativa de golpe de Estado em 2022. Bolsonaro responde pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito por meio da força, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
No documento enviado ao STF, a PGR ressalta que os atos criminosos tiveram diferentes níveis de visibilidade, mas foram estrategicamente articulados com um único objetivo: manter Bolsonaro no poder ou possibilitar seu retorno por meio da força e de ameaças, desrespeitando o resultado legítimo das eleições.
Confira a lista de denunciados pela PGR:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército
 - Alexandre Rodrigues Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin
 - Almir Garnier Santos, almirante da reserva e ex-comandante da Marinha
 - Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça
 - Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército
 - Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do GSI
 - Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército
 - Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro contratado para questionar urnas eletrônicas
 - Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva
 - Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva
 - Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército
 - Fernando de Sousa Oliveira
 - Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor da Presidência
 - Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército
 - Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel
 - Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel
 - Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República
 - Marcelo Araújo Bormevet, policial federal
 - Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva
 - Márcio Nunes de Resende Júnior
 - Mario Fernandes, general da reserva e ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência
 - Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça
 - Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência
 - Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército
 - Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, empresário e neto de João Figueiredo
 - Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa
 - Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel
 - Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva
 - Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel
 - Ronald Ferreira de Araujo Junior, tenente-coronel
 - Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel
 - Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF
 - Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice de Bolsonaro
 - Wladimir Matos Soares, policial federal
 
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