
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou, em entrevista à Folha na terça-feira (18), que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome mais forte da direita para a eleição presidencial de 2026, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível e denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A declaração foi feita horas antes de Bolsonaro e outros 33 suspeitos serem denunciados por arquitetarem uma tentativa de golpe de Estado entre 2021 e janeiro de 2023.
Nikolas não descartou a possibilidade de uma decisão judicial que permita ao ex-presidente disputar a próxima eleição, mas destacou que, no cenário atual, Tarcísio poderia ter o aval de Bolsonaro para concorrer.
“Acredito que seja o Tarcísio, pela proximidade com o Bolsonaro, pela atuação no governo de São Paulo e pela sua capacidade. Óbvio, ele vai enfrentar algumas questões com a direita, como sua relação com [Gilberto] Kassab. A direita tem, no mínimo, uma resistência com essas figuras históricas que não nos trazem boas recordações. Mas acho ele [Tarcísio] uma pessoa extremamente capacitada e com a possibilidade do aval do Bolsonaro de concorrer à Presidência da República”, afirmou o deputado.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que vê o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o nome mais forte da direita para a eleição presidencial de 2026 num cenário em que Jair Bolsonaro (PL) continue inelegível.
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— Folha de S.Paulo (@folha) February 19, 2025
A denúncia da PGR, apresentada na terça-feira (18), acusa o ex-presidente e seus aliados de planejarem um golpe de Estado para impedir a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022 e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O plano ainda incluía a possibilidade de assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, além de prever a decretação de um estado de defesa e a prisão de autoridades que se opusessem ao golpe.
As investigações foram embasadas em delações premiadas, como a do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, cujo depoimento foi tornado público nesta quarta-feira (19) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Moraes, relator dos inquéritos.
A Polícia Federal também apurou que o grupo contava com o apoio de militares e de CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores) para executar o plano.
Nikolas classificou as investigações contra o líder da extrema-direita como uma perseguição política e criticou a classificação dos atos de 8 de janeiro como uma tentativa de golpe.
“Uma perseguição, claro. Para mim, de fato, não tem nenhum tipo de substância de golpe. É algo completamente fictício. Como é que não há uma arma no evento que é um golpe? Não há uma hierarquia?”, afirmou.
Não foi apreendido nenhum tipo de arma de fogo. Não teve uma morte, não teve absolutamente nada nesse sentido. Existiu um crime de depredação de patrimônio público, como a esquerda cansou de fazer ao longo da história dela. Então, ou todo mundo tem que ir para cadeia com 17 anos [de pena], ou ninguém tem que ir”.
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