Moraes cobra que defesa de Léo Índio explique fuga para a Argentina

Atualizado em 27 de março de 2025 às 17:05
Léo Índio tirou foto no Congresso Nacional durante o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (27) que a defesa de Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apresente esclarecimentos sobre um vídeo em que ele afirma ter deixado o Brasil rumo à Argentina. A decisão ocorreu após a divulgação de uma gravação pela rádio Massa FM Cascavel (PR), na qual Léo Índio diz estar fora do país há mais de 20 dias.

O caso ganhou relevância após a Primeira Turma do STF avançar com a denúncia contra ele por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. Léo Índio responde por associação criminosa, tentativa de golpe de Estado e outros três crimes.

No despacho, Moraes determinou: “Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Leonardo Rodrigues de Jesus para que prestem esclarecimentos, no prazo de 48 horas, sobre as notícias de que o réu teria se evadido do país.”

Apesar de ser réu em processo penal no STF, Léo Índio não estava com restrição de viagem quando deixou o Brasil. Ele já enfrenta outras medidas cautelares, como bloqueio de perfis em redes sociais e de contas bancárias. Nesta quinta, a Primeira Turma do STF manteve decisão de fevereiro que determinou a abertura de ação penal contra ele, negando recurso da defesa.

Léo Índio e seu tio, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

No vídeo divulgado, ele afirma estar na Argentina com permissão temporária, que precisa ser renovada trimestralmente, e demonstra receio de ser preso ao tentar regularizar sua situação migratória.

Na gravação, Léo Índio também criticou o PL, partidos de direita e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo ele, esses grupos não priorizam projeto de lei que prevê anistia para apoiadores de Bolsonaro acusados nos ataques de 8 de janeiro.

“Se o projeto da anistia fosse uma prioridade, os 92 deputados do PL e os demais partidos de direita paralisariam as votações na Câmara”, declarou.

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