Manifestantes ligados ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de São Paulo (USP) e policiais militares entraram em confronto nesta quinta-feira (27), no centro de São Paulo, durante protesto contra o leilão das linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O ato começou com a ocupação da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, na Rua Boa Vista, onde estudantes montaram barracas em apoio aos ferroviários.
Nas redes sociais, o DCE-USP denunciou violência policial, afirmando que o presidente e outros diretores da entidade foram “brutalmente agredidos pela polícia militar de Tarcísio”. Vídeos circulando nas redes mostram o uso de escudos, cassetetes e gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), por volta das 13h houve tentativa de invasão ao prédio da secretaria, resultando na intervenção policial e na detenção de três pessoas. Após o incidente, os manifestantes seguiram em direção à Praça da República, enquanto a via foi liberada pela PM.
A Polícia Militar informou que está analisando as imagens do ocorrido e que tomará as providências cabíveis caso sejam identificadas irregularidades. “A instituição não compactua com desvios de conduta e todos os excessos são punidos com rigor”, afirmou em nota.
Absurdo! Tarcísio apela para a violência para justificar a privatização da CPTM. Tudo para entregar patrimônio público para meia dúzia de grandes empresários. Inaceitável! pic.twitter.com/49om91gaQi
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) March 27, 2025
O protesto ocorre na véspera do leilão do Lote Alto Tietê, marcado para esta sexta-feira (28) na Bolsa de Valores (B3), que vai conceder à iniciativa privada as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade do sistema ferroviário paulista.
Na terça-feira (25), o Sindicato dos Ferroviários decidiu em assembleia adiar uma greve prevista para o dia seguinte, optando por outras formas de protesto.
Os trabalhadores aprovaram o uso de roupas pretas nesta sexta como forma de manifestação e a realização de um ato em frente à B3 durante o leilão. Também foi criada uma comissão para continuar as discussões sobre o processo de privatização.
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