Desempenho de Tarcísio para 2026 ainda é “fraco”, dizem aliados de Bolsonaro

Atualizado em 4 de abril de 2025 às 11:32
Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, então ministro da Infraestrutura, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em 2021. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro consideram fraco o desempenho do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na corrida presidencial de 2026. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta (3), ele teria 37% dos votos contra 43% do presidente Lula em um eventual segundo turno.

Pessoas próximas a Bolsonaro avaliam que Tarcísio não sabe fazer política, mesmo comandando o principal estado brasileiro, e acreditam que ele terá poucas chances numa disputa ao Palácio do Planalto. “Governador com máquina na mão empatado com Michele e Marçal, que tem apenas um [perfil no] Instagram”, afirmou um interlocutor do ex-presidente ao Blog da Julia Duailibi no g1.

O levantamento mostrou que apenas 15% dos eleitores citam Tarcísio quando são questionados quem deveria ser o candidato da direita sem Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (14%) e o ex-coach Pablo Marçal (11%) aparecem na sequência.

Para o mesmo interlocutor, Tarcísio precisa melhorar sua comunicação e “andar com o próprio motor”. A sugestão é que ele comece a “fazer política” para si mesmo e conseguir tração para concorrer na próxima disputa presidencial.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente Lula em reunião no Palácio do Planalto, em dezembro passado. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Aliados do ex-presidente também avaliam os 14% de Michelle como uma demonstração de peso que a marca “Bolsonaro” tem, já que ela não ocupa cargo político. O clã tenta emplacar algum familiar como vice na chapa do inelegível para que assuma a candidatura em 2026.

Apesar das estratégias, a pesquisa Quaest mostrou que Lula vence Bolsonaro (44% contra 40%) e qualquer um de seus aliados num eventual segundo turno. Michelle, por exemplo, teria apenas 38% contra 44% do petista, e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ficaria com 34% contra 45% do mandatário.

Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), teriam, respectivamente, 31% contra 43% de Lula e 30% contra 44%.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line