$LIBRA: escândalo da criptomoeda de Milei será investigado pelo Congresso argentino

Atualizado em 9 de abril de 2025 às 12:18
Javier Milei, presidente da Argentina – Foto: Reprodução

Na terça-feira (8), o Congresso da Argentina aprovou a criação de uma comissão especial para investigar a fraude envolvendo a criptomoeda $LIBRA, promovida pelo presidente Javier Milei.

Conhecido como “criptogate”, o caso provocou perdas milionárias e levantou suspeitas sobre o envolvimento de figuras próximas ao governo. A comissão será formalmente instaurada no dia 23 de abril.

Além da comissão, o Parlamento também aprovou a convocação de quatro autoridades: o chefe de Gabinete Guillermo Francos, o ministro da Economia Luis Caputo, o ministro da Justiça Mariano Cúneo Libarona e o presidente da Comissão Nacional de Valores, Roberto Silva. Eles devem prestar esclarecimentos no Congresso em 22 de abril. Milei e sua irmã, Karina Milei, que também foi citada no caso, não serão ouvidos.

Em fevereiro, Milei fez uma publicação nas redes sociais promovendo a $LIBRA. “Este projeto privado se dedicará a incentivar o crescimento da economia argentina”, escreveu. A moeda digital subiu rapidamente, mas perdeu 90% de seu valor em apenas duas horas. Após a queda, o presidente apagou a publicação e afirmou que não conhecia os detalhes do projeto.

Publicação de Javier Milei nas redes sociais promovendo a criptomoeda $LIBRA – Foto: Reprodução

De acordo com dados apresentados por parlamentares, a moeda movimentou mais de 4,5 bilhões de dólares, gerando perdas estimadas em 250 milhões de dólares para investidores argentinos e estrangeiros. O deputado Esteban Paulón comentou após a votação: “Na Câmara dos Deputados vamos determinar as responsabilidades políticas dos funcionários do governo”.

Pablo Juliano, outro deputado da oposição, disse que a comissão analisará os eventos ligados à promoção e valorização inicial da criptomoeda. A oposição já havia tentado abrir uma investigação em fevereiro, mas a proposta foi rejeitada pelo Senado. A atual aprovação é vista como um avanço nas tentativas de responsabilizar membros do governo.

O escândalo gerou diversas denúncias de fraude tanto na Argentina quanto nos Estados Unidos. As autoridades investigam se houve manipulação de mercado ou uso político para influenciar o valor da moeda.

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