PT vai à PGR contra deputado bolsonarista que desejou morte de Lula

Atualizado em 9 de abril de 2025 às 13:53
O deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) desejou a morte do presidente Lula durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara nesta terça (8). Foto: Reprodução

Os deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, e Kiko Celeguim (PT-SP) pediram uma investigação contra o bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) por defender a morte do presidente Lula. A solicitação foi enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Para os petistas, Gilvan se excedeu “no exercício de sua imunidade parlamentar, para proferir, em tese, ofensas, ameaças, incitar a violência e fazer apologia de prática de ato violento contra o Chefe de Poder Executivo Federal”.

Lindbergh também afirmou que vai protocolar uma representação contra o bolsonarista no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados após a fala. O petista avalia que Gilvan precisa de uma punição “exemplar” e cita o plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Bolsonaro perdeu a eleição e articulou um plano para matar Lula e agora o que fazem? O deputado, do mesmo partido de Bolsonaro, relata um projeto que foi aprovado na Comissão de Segurança da Câmara para retirar armas dos agentes de segurança do Lula ao mesmo tempo em que defende abertamente sua morte. Querem finalizar o plano Punhal Verde Amarelo”, afirmou o parlamentar.

Jorge Messias, ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), também acionou a PGR e a Polícia Federal contra o bolsonarista. “É inaceitável no Estado Democrático de Direito que um parlamentar use o espaço nobre da Comissão de Segurança Publica da Câmara para defender a morte do presidente da República Federativa do Brasil”, avalia.

Gilvan defendeu a morte do presidente durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara nesta terça (8). “Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu”, afirmou.

A declaração foi dada em meio à votação de uma proposta do também bolsonarista Paulo Bilynskyj (PL-SP), que quer desarmar os seguranças pessoais de Lula e de ministros do governo. Gilvan é relator do projeto no colegiado.

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