Glauber Braga dorme no chão da Câmara em meio à greve de fome

Atualizado em 10 de abril de 2025 às 13:14
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) dormiu no chão da Câmara nesta quinta (10), após prometer greve de fome. Foto: Brenno Carvalho/O Globo

Alvo de um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) dormiu no chão de um dos plenários da Casa Legislativa em meio a uma greve de fome. Ele afirmou que não deixará as instalações do Congresso Nacional até o fim da análise do caso.

O colegiado aprovou um parecer pela perda de mandato do parlamentar. Ele foi denunciado por expulsar um militante do MBL (Movimento Brasil Livre) da Câmara após ataques, provocações e xingamentos à sua mãe em abril de 2024.

O psolista diz que vai utilizar todos os recursos disponíveis para questionar o processo, no próprio Congresso ou na Justiça. O deputado vai recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pode avaliar o parecer antes que o caso seja levado ao plenário.

O parecer apresentado pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do caso, foi aprovado nesta quarta (9) pelo Conselho de Ética por 13 votos a 5. Ele é acusado de quebrar o decoro parlamentar pelo episódio contra o militante do MBL.

Sessão do Conselho de Ética da Câmara que aprovou parecer a favor da cassação de Glauber Braga nesta quarta (9). Foto: Kevin Lima/g1

Glauber critica o parecer de Magalhães, dizendo que o documento é “parcial” e estava encomendado pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Segundo o psolista, o ex-chefe da Casa começou a persegui-lo após denúncias sobre o orçamento secreto.

A denúncia que originou o processo foi apresentada pelo Partido Novo em abril de 2024. Glauber alega que expulsou o militante como uma “reação a provocações sistemáticas” do MBL. A mãe do parlamentar, Saudade Braga, foi chamada de “corrupta” e “safada”. Ela estava doente à época e faleceu pouco tempo depois do episódio.

A greve de fome foi anunciada pelo deputado na própria quarta, quando disse ter passado “o dia inteiro em jejum”. “Vou permanecer aqui nessa sala, no Congresso Nacional, até a finalização do processo. Não vou me alimentar até o fechamento desse processo”, disse Glauber a jornalistas.

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