
O ex-presidente Jair Bolsonaro deu uma bronca no pastor Silas Malafaia por atacar o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara. No último domingo (6), durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo, o religioso afirmou que o parlamentar “envergonha o povo da Paraíba” por não se manifestar claramente sobre o projeto de lei da anistia.
“Malafaia é duro com muita gente. O movimento em São Paulo, em grande parte, se deve a ele. Ele tem o seu comportamento, e eu, comparado ao Malafaia, sou bombeiro. Ele fica indignado com muita coisa”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao podcast Direto de Brasília, da Folha de Pernambuco.
O líder de extrema-direita elogiou o aliado pela mobilização pró-anistia, mas afirmou que ele não sabe como funcionam as negociações no Congresso Nacional. Para o ex-presidente, o pastor tenta buscar apoio ao texto “na base da pancada”.
“Malafaia é bastante verdadeiro e objetivo, mas ele não sabe como funciona o Parlamento, com todo respeito. É um líder evangélico, cristão, psicólogo, mas não teve a vivência que eu tive de 28 anos de parlamento, dois como vereador e quatro na presidência. Não dá para fazer as coisas na base da pancada”, prosseguiu.

Motta foi eleito para a presidência da Câmara com apoio de diversos partidos, incluindo o PL, do ex-presidente. Havia expectativa de que ele fizesse o projeto que perdoa os golpistas do ataque de 8 de janeiro avançar na Casa, mas ele tem sinalizado que a pauta não é uma prioridade.
Ele afirmou que deve ouvir os apelos dos aliados de Bolsonaro para “corrigir algum exagero” nas penas dos condenados, mas que o tema não pode gerar uma “crise institucional”. “Não podemos ficar uma casa de uma pauta só. O Brasil é muito maior do que isso. Nós temos inúmeros desafios”, afirmou na última segunda (7).
Bolsonaristas têm buscado assinaturas para um requerimento de urgência que acelera a tramitação do texto na Câmara. A ideia inicial era expor nomes e fotos de parlamentares que não endossaram o documento para pressioná-los, mas a estratégia mudou após um pedido do próprio ex-presidente.
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