STF publica decisão que torna Bolsonaro réu; entenda os próximos passos

Atualizado em 11 de abril de 2025 às 12:00
O então ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e o então presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto em 2020. Foto: PR/Divulgação

Nesta sexta (11), o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou a decisão que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado. Com a divulgação, os advogados dois oito serão notificados e terão prazo para questionar ou contestar o julgamento.

A publicação do acórdão marca o início formal da ação penal e permite o começo da fase de instrução do julgamento, na qual há a coleta de provas, o depoimento de testemunhas, interrogatórios e da apresentação argumentos das defesas.

Ao fim do procedimento, Bolsonaro e seus aliados irão de fato a julgamento e poderão ser considerados culpados ou inocentes pelos crimes apontados na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em fevereiro.

O julgamento ainda não tem data marcada, mas o Supremo pode optar por impor medidas cautelares ao ex-presidente e os demais golpistas, como prisão preventiva, caso identifique riscos à ordem pública, à instrução processual ou chance de fuga.

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante julgamento da Primeira Turma do STF sobre denúncia da PGR contra ele, em 25 de março de 2025. Foto: Rosinei Coutinho/STF

Em março, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, tornar o ex-presidente e outros sete bolsonaristas réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

Eles fazem parte do chamado “núcleo central” da trama golpista e os ministros consideraram que a PGR apresentou elementos suficientes para demonstrar a participação dos oito acusados no planejamento. Veja quem são os réus:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil

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