
Apesar de a oposição ter protocolado o requerimento de urgência para o projeto que pode anistiar envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta segunda-feira (14) que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não deverá colocar a proposta em votação.
“Existem 2.245 projetos com assinaturas para urgência. Esse será o 2.246. Então não significa nada. O Hugo [Motta] não vai pautar”, disse Lindbergh. Segundo o parlamentar, há um acordo entre os líderes partidários para que apenas requerimentos de urgência consensuais sejam levados ao plenário — o que não se aplica ao caso da anistia.
De acordo com Lindbergh, a oposição teria se apressado para protocolar o pedido de urgência por medo de perder assinaturas, em meio a um movimento de parlamentares que passaram a querer retirar seus nomes da lista. Um dos casos citados foi o da deputada Helena Lima (MDB-RR), que decidiu se desvincular do requerimento.
“O deputado Sóstenes Cavalcante [PL], que lidera o partido, começou a perceber essas retiradas. Muita gente achava que era uma anistia para o 8 de janeiro e, quando viu, era para o Bolsonaro. Tem gente do governo também nessa”, disse Lindbergh.

O conteúdo exato do projeto ainda é considerado vago, como mostrou a ‘Folha de S.Paulo’. O líder petista defende que parlamentares da base governista retirem formalmente suas assinaturas, mesmo que o gesto não cancele o requerimento já protocolado.
“É algo simbólico, para mostrar que não existe uma maioria absoluta em torno do tema. Isso reforça a posição do presidente da Casa em não pautar a matéria”, afirmou. “Não há maioria na Câmara para aprovar essa anistia.”
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