
Eduarda de Oliveira, de 22 anos, admitiu ter asfixiado a bebê com uma almofada, enrolado o corpo em sacos plásticos e escondido em um armário com produtos de limpeza. A confissão foi registrada em vídeo pela Polícia Civil na noite da última terça-feira (15).
Antes disso, Eduarda havia apresentado versões contraditórias sobre o desaparecimento da filha, Ana Beatriz, inclusive alegando que a menina havia sido sequestrada às margens da BR-101. O vídeo do depoimento, de cerca de 18 minutos, foi obtido com exclusividade pela TV Gazeta.
“Ela ficou chorando um pouquinho. Levei ela para o sofá e sufoquei com a almofada da sala”, relatou Eduarda, visivelmente abalada.
Após cometer o crime, a jovem colocou o corpo da filha em um saco plástico utilizado no enxoval e o escondeu em um armário da residência. Segundo ela, ninguém a ajudou. O marido, que estava a trabalho em São Paulo, só soube da morte da filha após a confissão dela ao advogado.
“Eu não consegui dormir, fiquei perambulando na casa, fui para a porta, voltei e fui no armário, achando que ela poderia estar viva, mas ela não estava”, disse Eduarda em um dos trechos do depoimento.
? O #CidadeAlerta mostra o vídeo exclusivo da confissão de Eduarda, que revela que matou a filha de apenas 15 dias e conta detalhes chocantes do crime. A polícia de Alagoas investiga se há mais envolvidos no crime.
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— Cidade Alerta (@cidadealerta) April 16, 2025
A Polícia Civil aguarda o laudo da necropsia para confirmar a causa da morte. Caso o exame comprove a asfixia, Eduarda poderá ser formalmente autuada por infanticídio, além da acusação já existente de ocultação de cadáver.
Ana Beatriz estava desaparecida desde sexta-feira (11). Inicialmente, a mãe afirmou que a filha havia sido sequestrada. Em depoimentos posteriores, alterou a versão diversas vezes até confessar o crime.
A polícia começou a desconfiar após relatos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança que contradiziam as versões da mãe. Vizinhos disseram ter ouvido o choro da bebê pela última vez na quinta-feira (10), o que também enfraqueceu a versão do sequestro.
O pai da criança, que ainda não havia conhecido a filha por estar fora do estado, retornou às pressas para acompanhar as buscas. Na segunda-feira (14), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram buscas em locais próximos à casa da família, incluindo latas de lixo. O corpo da bebê só foi encontrado após a confissão da mãe.
Durante a audiência de custódia nesta quarta-feira (16), a Justiça determinou que Eduarda de Oliveira permaneça presa preventivamente. A decisão também incluiu a realização de acompanhamento psiquiátrico enquanto ela estiver encarcerada.
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