Moraes autoriza destruição de passaporte de Léo Índio, primo dos Bolsonaro

Atualizado em 7 de maio de 2025 às 22:42
Léo Índio com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ambos em pé, lado a lado, sorrindo e fazendo sinal de joia
Léo Índio com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a destruição do passaporte de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada após manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e pedido da Polícia Federal (PF). Com informações do Metrópoles.

Em documento enviado ao STF no dia 29 de abril, Paulo Gonet afirmou que a destruição do passaporte é “adequada”, já que o documento está oficialmente cancelado. O passaporte havia sido apreendido pela PF em outubro de 2023, durante uma operação de investigação.

Léo Índio é réu no STF por participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, segundo sua defesa, está atualmente na Argentina, onde solicitou asilo político, alegando perseguição por parte das autoridades brasileiras.

Em entrevista a uma rádio de Cascavel (PR), ele declarou: “Qual o nosso principal medo? Nós não sabemos até onde vão os tentáculos do STF, então temos muito medo dessa listagem cair em mãos de pessoas mal-intencionadas, seria uma pescaria num aquário. Imagine você ter uma listagem de pessoas que estão em determinados locais na Argentina… Seríamos alvos fáceis”.

Polícia Federal estuda pedido de extradição

A Polícia Federal avalia solicitar a extradição de Léo Índio sem o envolvimento da Interpol, utilizando o tratado de cooperação jurídica entre Brasil e Argentina. Dessa forma, o pedido seria encaminhado diretamente às autoridades argentinas por meio dos canais diplomáticos, com o apoio do Ministério da Justiça e do Itamaraty.

Segundo a defesa, ele possui autorização provisória de permanência na Argentina, o que lhe permite trabalhar, estudar e utilizar os serviços públicos do país.

No dia 28 de fevereiro de 2025, a Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia contra Léo Índio, transformando-o oficialmente em réu. A Corte também rejeitou um recurso da defesa, mantendo a abertura do processo penal, que ocorreu em julgamento no plenário virtual.

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