O padre Júlio Lancellotti expressou sua satisfação com a escolha de Robert Francis Prevost como o novo Papa Leão XIV. Em declarações, o pároco afirmou estar “embasbacado” e “muito feliz” com a decisão. Ele destacou que o nome de Leão, associado ao Papa Leão XIII, traz uma grande carga histórica, especialmente devido ao envolvimento do pontífice com as questões sociais no final do século 19.
“Ter um Leão depois de Francisco é impressionante”, disse Lancellotti, referindo-se ao legado de Leão XIII, conhecido pela encíclica Rerum Novarum, que tratava dos direitos dos trabalhadores. Segundo o padre, Leão XIV, ao adotar esse nome, fortalece ainda mais o vínculo com a doutrina social da Igreja.
Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua, acredita que o novo papa tem uma conexão forte com a missão de Francisco, ao lidar com as questões sociais e o apoio aos mais pobres. A escolha de Prevost, com seu vasto histórico de trabalho no Peru, país onde viveu por duas décadas, traz também um olhar para a realidade da América Latina e a Teologia da Libertação, que privilegia os mais necessitados.
“É mais legítimo dizer que ele é peruano. Ele não escolheu ser americano, mas ele escolheu ser peruano”, afirma o padre Júlio, explicando que o novo pontífice tem uma identidade mais vinculada ao país sul-americano do que aos Estados Unidos.
Lancellotti também elogia o fato de o novo papa ter adotado o idioma espanhol em seu discurso de apresentação, refletindo sua proximidade com a Igreja da América Latina. Ele destaca que o espanhol não é apenas um idioma, mas também uma chave para uma compreensão mais profunda da missão de serviço social que Leão XIV assume.
Em sua fala, o padre Júlio também destacou o simbolismo do nome escolhido, afirmando que ele representa mais do que uma simples homenagem histórica. A associação com Leão XIII traz à tona a necessidade de uma Igreja mais próxima das questões sociais e menos distante dos desafios do mundo moderno.
“É muito lindo”, complementa Lancellotti, demonstrando uma satisfação com o rumo que a Igreja Católica pode seguir sob a nova liderança. O novo papa, para ele, pode ser uma figura de transformação, tanto na Igreja quanto na sociedade.
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