
O setor de bebidas sem álcool vive um momento de expansão acelerada no Brasil, alinhado às tendências globais de saúde e bem-estar. A mudança de comportamento do consumidor tem gerado impactos diretos na indústria, no varejo e nos serviços, criando oportunidades de negócios em diversos segmentos.
De acordo com dados da IWSR, o mercado global de bebidas não alcoólicas cresce 7% ao ano, enquanto no Brasil o crescimento é ainda mais expressivo, chegando a 10% ao ano, três vezes mais do que as bebidas alcoólicas. A estimativa é de que o setor adicione mais de US$ 4 bilhões anualmente ao mercado global até 2028.
O país já é o segundo maior mercado mundial de cervejas sem álcool, atrás apenas da Alemanha, segundo a World Brewing Alliance (WBA). Em 2018, o Brasil ocupava a sétima posição.
O fenômeno é impulsionado, sobretudo, pela Geração Z, que adota padrões de consumo mais conscientes. Levantamentos do Covitel 2023 e da Mind & Hearts indicam que o consumo frequente de álcool nessa faixa etária é significativamente menor que nas gerações anteriores.
O impacto não se limita às gôndolas. Bares e restaurantes nas principais capitais do país estão incluindo opções sofisticadas de coquetéis não alcoólicos em seus menus. As marcas locais —como Nulla (gin), La Dorni (vinho) e cervejarias como Etapp e Cervejaria Campinas —ganham cada vez mais mercado ao lado de gigantes como Heineken, Corona e Guinness.
O Brasil possui vantagens competitivas únicas: biodiversidade para produção de bebidas botânicas, experiência no agronegócio e um mercado consumidor aberto à inovação.
Originalmente publicado por Fabiano Zettel, na IstoÉ Dinheiro
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