Meta e TikTok removem fake news sobre Janja na Rússia após notificação da AGU

Atualizado em 15 de maio de 2025 às 23:30
primeira-dama Janja da Silva no canto esquerdo de foto, de perfil, de cabelo solto e óculos de grau, na Rússia
A primeira-dama Janja da Silva na Rússia – Reprodução/Redes Sociais

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira (15) que as plataformas Meta e TikTok removeram publicações com fake news relacionadas à viagem da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Rússia. A retirada do conteúdo ocorreu após notificação extrajudicial e dentro do prazo de 24 horas estabelecido. Com informações do jornal O Globo.

A Meta, responsável por redes sociais como Facebook, Instagram e Threads, foi acionada após a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) identificar conteúdos falsos nas plataformas. A AGU listou os principais links com as informações enganosas e ressaltou que a manutenção de publicações com desinformação viola os próprios Termos de Uso das redes sociais.

Segundo a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD), órgão vinculado à AGU, as postagens falsas atribuíram à primeira-dama, Janja da Silva, integrante da comitiva presidencial, a responsabilidade por transportar ilegalmente valores em espécie. As fake news ainda mencionavam uma suposta apreensão do material pelas autoridades russas, o que teria gerado um escândalo diplomático — informação totalmente inverídica.

Print de Jair Bolsonaro compartilhando matéria sobre Janja
Jair Bolsonaro compartilhou print de matéria sobre Janja – Reprodução/X

Outra narrativa falsa amplamente divulgada indicava que Janja teria viajado à Rússia em um avião cargueiro da Força Aérea Brasileira (FAB) com 200 malas supostamente recheadas de dinheiro desviado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As publicações alegavam, ainda, que ela teria sido detida em um aeroporto russo com as malas — fato que não possui qualquer respaldo na realidade.

A AGU reforça que essas notícias falsas têm como objetivo abalar a legitimidade da missão diplomática brasileira no exterior. De acordo com o órgão, trata-se de desinformação grave, com potencial de comprometer a estabilidade institucional e a credibilidade das políticas públicas federais.

Em nota, os procuradores classificam o conteúdo como “desinformação, desprovida de qualquer lastro ou evidência, pois expõe manifestação sobre ocorrências que não condizem com a realidade, como efeito de enganar o público sobre as ações do Poder Público com vistas estreitar laços com outros países”.

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