
Nesta segunda-feira (26), o governo decidiu afastar representantes de entidades do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) às vésperas da reunião sobre irregularidades no INSS. A medida ocorre em meio a investigações sobre fraudes em descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas.
Segundo conselheiros, o secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo da Cunha Portal, comunicou a suspensão. Ele explicou que a decisão busca preservar a imagem do conselho, já que algumas entidades representadas são formalmente investigadas.

O afastamento será oficializado um dia antes da reunião que contará com a estreia do ministro Wolney Queiroz na presidência do CNPS. O encontro terá como pauta as irregularidades nos descontos associativos e os procedimentos de apuração.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, e o da Dataprev, Rodrigo Assumpção, vão apresentar relatórios sobre o andamento das investigações e o processo de restituição dos valores cobrados sem autorização.
Alguns conselheiros afastados criticaram a decisão e cogitam recorrer ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU). A advogada Tonia Galleti, excluída da reunião, classificou a medida como “arbitrária” e afirmou que lutará em defesa do sindicato.
Entidades como o Sindnapi e a Contag estão entre as investigadas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), enquanto outras, como o Sintapi e a COBAP, não constam na lista inicial, mas também foram afastadas temporariamente pelo governo.