
Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), subiu 1,9 ponto em maio, alcançando 86,7 pontos. Este é o terceiro mês seguido de alta do indicador.
Segundo a FGV, a média móvel trimestral também apresentou avanço de 1,1 ponto, totalizando 85,3 pontos. “A terceira alta da confiança do consumidor parece sinalizar uma tendência de gradual recuperação das fortes perdas incorridas entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano, recuperando menos de 30% das perdas, motivada pela melhora tanto da percepção atual quanto das expectativas para os próximos meses”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre.
A economista destacou que, em maio, “a alta é disseminada entre as faixas de renda e impulsionada, principalmente, pela redução do pessimismo do indicador de situação financeira atual das famílias”. Além disso, ela ressaltou o crescimento contínuo, desde fevereiro, dos indicadores relacionados à situação econômica local.
De acordo com Gouveia, “o quadro desenhado é resultado da resiliência da atividade econômica em 2025, com manutenção de um mercado de trabalho forte e uma inflação que, apesar de incômoda, não se apresenta de forma explosiva”.
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,9 pontos, chegando a 84 pontos, após permanecer estável no mês anterior. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 1 ponto, sinalizando uma melhora, mas em menor intensidade, nas expectativas dos consumidores para os próximos meses.
O levantamento também apontou que a confiança aumentou em todas as faixas de renda analisadas. O grupo de consumidores com renda de até R$ 2,1 mil destacou-se ao interromper uma sequência de cinco quedas consecutivas.