Carluxo não é mais o mesmo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 26 de maio de 2025 às 22:32
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, Flávio, Carlos, Eduardo e Jair Renan. Foto: Reprodução

Carluxo, o estilista da família, já nos brindou com textos hilários, desde o começo do governo do pai, em 2019. Mas tem sido medíocre desde o fracasso do fascismo na eleição e no golpe.

Não se aproveita nada da nota de hoje no X, em que ele tenta defender o irmão golpista, que faz ameaças aos ministros do STF. É uma nota sem graça, sem identidade.

É possível que um assessor de Carluxo tenha assumido a tarefa de elaboração das postagens, o que nos frustra como admiradores dos textos gongóricos do rapaz.

Carluxo não é mais o mesmo. A direita perdeu os textos dele, de Olavo de Carvalho e do véio da Havan nas redes sociais.

É como se Valdemar Costa Neto estivesse escrevendo as postagens de Carluxo. Essa frase, da nota de hoje, não tem o estilo do Nelson Rodrigues dos Bolsonaros:

“Quando a Justiça se torna instrumento político, a democracia já não está de pé – está de joelhos”.

O texto começa assim: “Mais uma narrativa cai por terra? e com estrondo? Será?” Narrativa com estrondo? Democracia de joelhos. Não dá. Carluxo está em crise de criação.

Ficou sério demais. Seu texto perdeu o que tinha de melhor, a capacidade de traduzir o nonsense da família toda, com mensagens surpreendentes que apareciam até nas vírgulas fora de lugar.

A extrema direita vem abandonando suas melhores virtudes e agora só falta o Carluxo perder a graça.

(Abaixo, para quem tiver coragem, o texto de Carluxo, reproduzido pelo DCM)

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Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/