Em entrevista à ABC News neste domingo (15), o presidente Donald Trump afirmou que, embora os Estados Unidos não estejam atualmente engajados nas hostilidades entre Israel e Irã, “é possível que possamos nos envolver”. “Não estamos envolvidos nisso. É possível que possamos nos envolver. Mas, neste momento, não estamos envolvidos”, declarou o ex-presidente, ressaltando que acompanha de perto a escalada de tensão no Oriente Médio.
Trump classificou os recentes ataques de Israel às instalações nucleares e militares iranianas como “muito devastadores”. “Foi muito devastador. Eles também foram atingidos, mas foi muito devastador para o Irã, principalmente”, disse, referindo-se aos bombardeios que derrubaram altos comandantes e cientistas do programa atômico de Teerã.
A ofensiva de Israel incluiu ataques aéreos coordenados contra plantas nucleares e depósitos de armas, resultando em dezenas de mortes e danos significativos à infraestrutura iraniana. Em resposta, o Irã lançou centenas de mísseis e drones contra cidades israelenses, causando vítimas civis e ampliando o receio de um conflito de maiores proporções.
A comunidade internacional observa com tensão a possibilidade de um confronto direto entre grandes potências. Trump foi questionado sobre um possível prazo para retomar as negociações nucleares com o Irã e admitiu que “não há prazo”, mas que os dois lados “estão conversando”. “Gostariam de fazer um acordo. Algo assim tinha que acontecer”, comentou.
Surpreendendo diplomatas, Trump também sinalizou abertura para uma mediação russa. “Putin está pronto. Ele me ligou sobre isso. Tivemos uma longa conversa. Falamos mais sobre isso do que sobre a situação dele. Isso é algo que acredito que será resolvido”, revelou o presidente, indicando que Moscou pode assumir papel de intermediária na crise.
Enquanto isso, líderes mundiais ainda buscam frear a escalada e evitar que a retórica belicista dê lugar a um conflito maior. A declaração de Trump — de que os EUA “podem se envolver” — eleva o alerta global, reforçando o papel norte-americano como pivô na estabilidade regional.