Quem é a jornalista presa por chamar homem de “bicha nojenta” em shopping de elite

Atualizado em 16 de junho de 2025 às 9:55
A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, presa após proferir ofensas homofóbicas em cafeteria no Shopping Iguatemi, em São Paulo – Foto: Reprodução

No último sábado (14), a jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, foi presa em flagrante, após xingar um homem com termos homofóbicos no Shopping Iguatemi, zona oeste de São Paulo. O momento foi registrado em vídeo, posteriormente compartilhado nas redes.

No material, é possível ver o momento em que Adriana chama Gabriel Galluzzi Saraiva, 39, de “bicha nojenta” enquanto os dois discutem em uma cafeteria do local.

Quem é a jornalista?

Com carreira iniciada no rádio e passagem por emissoras como Globo, Record TV e TV Cultura, Adriana também é autora dos livros “Uma Prova do Céu” e “Cartas Celestes”. Ela manteve por anos um blog sobre espiritualidade e viagens. Segundo a jornalista, ela convive com problemas físicos e está prestes a passar por uma cirurgia.

Em vídeo publicado após prestar depoimento, Adriana afirma que foi ofendida e chamada de “velha” e “doente” por pessoas ao redor, e que teria sido alvo de escárnio por sua condição de saúde. Ela declarou ainda que tentou encerrar a discussão, mas continuou sendo provocada. A Polícia Civil, porém, não citou essas acusações em sua nota à imprensa.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que policiais militares foram acionados para atender à ocorrência. No local, ouviram testemunhas que confirmaram as ofensas homofóbicas feitas por Adriana. Tanto ela quanto a vítima foram levados à delegacia, onde o caso foi registrado como injúria.

O Shopping Iguatemi declarou em nota que lamenta o episódio e que prestou apoio às autoridades. A administração do centro comercial ressaltou seu compromisso com o respeito à diversidade e afirmou repudiar qualquer ato de intolerância.

O caso foi registrado no 14º Distrito Policial, em Pinheiros, zona oeste da capital. Adriana foi liberada após prestar depoimento, mas seguirá respondendo pelo crime de injúria, que pode ter agravante por motivação discriminatória.