
No último sábado (14), a jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, foi presa em flagrante, após xingar um homem com termos homofóbicos no Shopping Iguatemi, zona oeste de São Paulo. O momento foi registrado em vídeo, posteriormente compartilhado nas redes.
No material, é possível ver o momento em que Adriana chama Gabriel Galluzzi Saraiva, 39, de “bicha nojenta” enquanto os dois discutem em uma cafeteria do local.
O Brasil todo já viu esse vídeo ou alguém aí perdeu? A jornalista presa depois de chamar de “bichinha” e fazer barraco no Shopping Iguatemi. pic.twitter.com/2RED0h6OoE
— GugaNoblat (@GugaNoblat) June 16, 2025
Quem é a jornalista?
Com carreira iniciada no rádio e passagem por emissoras como Globo, Record TV e TV Cultura, Adriana também é autora dos livros “Uma Prova do Céu” e “Cartas Celestes”. Ela manteve por anos um blog sobre espiritualidade e viagens. Segundo a jornalista, ela convive com problemas físicos e está prestes a passar por uma cirurgia.
Em vídeo publicado após prestar depoimento, Adriana afirma que foi ofendida e chamada de “velha” e “doente” por pessoas ao redor, e que teria sido alvo de escárnio por sua condição de saúde. Ela declarou ainda que tentou encerrar a discussão, mas continuou sendo provocada. A Polícia Civil, porém, não citou essas acusações em sua nota à imprensa.
Adriana Catarina Ramos de Oliveira, a senhora presa por chamar um homem de “bicha nojenta” no shopping Iguatemi, agora diz que é doente, sente dores e toma remédio.
Curioso como a fragilidade física só apareceu depois que a polícia chegou.
Na hora de destilar ódio, estava em… pic.twitter.com/IauZImwO8D
— Beta Bastos (@roberta_bastoss) June 16, 2025
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que policiais militares foram acionados para atender à ocorrência. No local, ouviram testemunhas que confirmaram as ofensas homofóbicas feitas por Adriana. Tanto ela quanto a vítima foram levados à delegacia, onde o caso foi registrado como injúria.
O Shopping Iguatemi declarou em nota que lamenta o episódio e que prestou apoio às autoridades. A administração do centro comercial ressaltou seu compromisso com o respeito à diversidade e afirmou repudiar qualquer ato de intolerância.
O caso foi registrado no 14º Distrito Policial, em Pinheiros, zona oeste da capital. Adriana foi liberada após prestar depoimento, mas seguirá respondendo pelo crime de injúria, que pode ter agravante por motivação discriminatória.