Legista desmente resgate e diz que Juliana sobreviveu até quatro dias após a queda

Atualizado em 27 de junho de 2025 às 15:45
Juliana Marins, brasileira que morreu em trilha na Indonésia. Foto: reprodução

O médico legista responsável pela autópsia de Juliana Marins, 26, afirmou que a brasileira pode ter morrido apenas na quarta-feira (25), dia em que seu corpo foi resgatado, e não na noite de terça-feira (24), como havia divulgado a Basarnas, agência de resgate da Indonésia.

A informação foi dada à BBC pelo especialista forense Ida Bagus Alit, que estimou o horário da morte entre 1h e 13h da quarta-feira no fuso local — entre 14h de terça e 2h de quarta no horário de Brasília. A Basarnas afirmou que Juliana foi encontrada na noite de terça (horário local) já sem vida.

“De fato, é diferente da declaração de Basarnas. Há uma diferença de cerca de seis horas em relação ao horário declarado por Basarnas. Isso se baseia nos dados de cálculo do médico”, disse Alit à BBC News Indonésia.

Juliana caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, em Lombok, e, segundo a nova avaliação, pode ter sobrevivido por até quatro dias antes de morrer em decorrência de trauma severo. A autópsia indicou fraturas múltiplas, lesões internas e hemorragia intensa. “A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas”, afirmou o médico.

Juliana Marins vista ainda com vida poucas horas após a primeira queda. Foto: reprodução

Alit afirmou que os sinais observados, como ausência de hérnia cerebral e retrações por sangramento. O médico também apontou que fatores como o transporte do corpo e o clima local dificultam uma precisão absoluta.

Não se sabe exatamente qual das quedas provocou as lesões mortais. Ela caiu pela primeira vez por volta das 6h (horário local) no sábado (cerca de 19h da sexta no horário de Brasília). Horas depois, foi vista por um drone e estava mexendo as mãos.

Na segunda (23), ela foi avistada novamente por autoridades da Indonésia e permanecia presa em um penhasco rochoso, a 500 metros e “visualmente imóvel”.