Casos de bullying e uso de drogas nas escolas dobram durante gestão de Tarcísio

Atualizado em 28 de junho de 2025 às 18:37
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. Foto: Divulgação

Matéria publicada pela Folha de S.Paulo mostra que, entre 2022 e 2024, as escolas estaduais de São Paulo registraram um aumento preocupante nos casos de bullying, uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas. Paralelamente, a administração de Tarcísio de Freitas enfrenta desafios na implementação de programas de segurança nas escolas, especialmente devido à escassez de profissionais qualificados.

De acordo com o relatório de contas do governo de 2024, aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) com ressalvas, as ocorrências de bullying nas escolas saltaram de 4.739 em 2022 para 9.270 em 2024, representando um aumento de 95%. O uso de álcool e tabaco também dobrou, passando de 4.877 para 9.525 casos no mesmo período.

Além disso, o uso de drogas ilícitas nas instituições de ensino cresceu 123%, com 4.655 registros em 2024, comparado a 2.087 em 2022. Apesar do aumento em outras áreas, houve uma redução significativa nos casos de assédio sexual, que caíram de 3.018 em 2022 para 1.413 em 2024, uma diminuição de 53%.

Adolescentes saindo de escola pública em SP. Foto: Divulgação

O TCE apontou dificuldades na contratação de profissionais para o programa Conviva SP, que visa promover a melhoria da convivência e proteção escolar. Entre os problemas identificados estão o número elevado de alunos por grupo atendido por psicólogos, a ausência de serviço social em muitas escolas e vagas não preenchidas para professores orientadores de convivência.

Em resposta às críticas, a gestão de Tarcísio de Freitas afirmou estar empenhada na redução das práticas nocivas nas escolas e na melhoria da notificação de ocorrências. A Secretaria de Educação (Seduc) informou que modernizou o sistema de registro de incidentes nas escolas e integrou-o a outros órgãos estaduais para garantir respostas ágeis e eficazes.

Além disso, a Seduc anunciou a contratação de 1.000 vigilantes para reforçar a segurança nas escolas, 13 mil novos professores e o aumento para 633 o número de profissionais do programa Psicólogos nas Escolas. A rede também conta com 633 professores orientadores de convivência, responsáveis por promover a cultura de respeito, diálogo e mediação de conflitos nas escolas.