
Líderes do Centrão têm intensificado articulações para lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato à presidência em 2026, mesmo sem o aval de Jair Bolsonaro (PL). Com informações do Globo.
Partidos como PP e União Brasil, que formaram federação, já pressionam por uma chapa própria com direito a indicar o nome do vice. Internamente, nomes como Ciro Nogueira e Tereza Cristina ganham força para compor a possível candidatura.
Republicanos, MDB e PSD também se movimentam nos bastidores, de olho na sucessão em São Paulo e na composição com Tarcísio. No entanto, esse avanço incomoda aliados de Bolsonaro, que veem na pressão uma tentativa de esvaziar sua liderança.
Eduardo Bolsonaro chegou a chamar o governador de representante da “direita permitida”, enquanto o ex-presidente resiste em abrir mão da candidatura, mesmo inelegível.
Michel Temer é um dos articuladores que tenta reunir os partidos de centro em torno de um nome de consenso. O emedebista já procurou possíveis candidatos, inclusive Tarcísio, e gerou desconforto no bolsonarismo ao sugerir uma candidatura sem o ex-capitão.

Enquanto partidos cobram definição até o fim de 2025, Bolsonaro reluta em indicar um sucessor. A possibilidade de lançar Eduardo, Flávio ou Michelle está em avaliação.
Mesmo sem citar Tarcísio, os materiais de divulgação de atos públicos mantêm o foco no ex-chefe de Estado e seus familiares, o que é visto como estratégia para preservar capital político.
Ao mesmo tempo, o governador tem evitado se colocar como alternativa nacional e reforça que seu candidato é Bolsonaro. Nos bastidores, porém, dirigentes partidários já consideram Tarcísio como o nome mais viável para unir a direita e atrair o centro.
Para lideranças como o deputado Pedro Lupion, o ex-presidente deveria anunciar seu sucessor em breve, mas respeitando seu tempo.