
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, zombou da campanha por anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro e disse que ele “está pedindo perdão” sem sequer ter sido julgado. A fala ocorreu durante evento no Palácio do Planalto nesta segunda (30) e faz referência ao processo da trama golpista, que tem avançado no Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração é uma resposta ao discurso de Bolsonaro, que acusou o petista de corrupção e disse que jamais foi processado por crimes como desvio de dinheiro ou fraudes envolvendo fundos de pensão durante ato na Avenida Paulista neste domingo (29).
“O senhor nunca pediu para qualquer de nós petistas, nem mesmo eu que representei o senhor em 2018, nunca pediu um favor. Nunca pediu anistia, nunca pediu perdão, não pediu nada disso”, disse Haddad ao lado de Lula no evento.
Na sequência, ele apontou que Lula teve “dignidade” e pediu apenas “para ser julgado com base nas provas que tinham sido apresentadas”. Haddad ainda zombou do ato esvaziado de Bolsonaro, dizendo que o evento foi um “fracasso”.
“Esse [Bolsonaro] nem foi julgado ainda e está pedindo perdão, já está pedindo anistia, já está correndo, como sempre corre do debate. Desde 2018, estou esperando esse homem para fazer um debate com ele, e ele está sempre fugindo do debate. Se esconde nas redes sociais e hoje veio mais uma vez fazer uma coisa que raramente ele faz, que é mentir”, completou.
▶️ Haddad rebate Bolsonaro: "Nem foi julgado e está pedindo perdão"
O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus enfrentam julgamento no STF sobre suposta tentativa de golpe de Estado pelos atos de 8/1
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— Metrópoles (@Metropoles) June 30, 2025
O discurso ocorreu na cerimônia de anúncio do “Plano Safrinha”, que vai investir R$ 89 bilhões na agricultura familiar para garantir melhores condições de vida para quem trabalha no setor e estimular a produção nacional de alimentos.
Haddad também rebateu as críticas ao governo por aumento de impostos, em meio à guerra contra o Congresso Nacional pelo decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), e disse que a gestão petista vai “continuar fazendo justiça social”.