“Nem Se Importa”: Conheça o perfil que usa IA para satirizar Hugo Motta e o Centrão

Atualizado em 3 de julho de 2025 às 8:00
O personagem “Hugo Nem Se Importa”, criado com inteligência artificial, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Reprodução

O perfil satírico “Brasil – Sátira do Poder”, no TikTok, tem viralizado com vídeos que criticam o alinhamento de políticos do Centrão, em especial o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), aos interesses da elite econômica.

Com o uso de inteligência artificial, os conteúdos denunciam, em tom humorístico, a atuação do parlamentar na defesa de medidas que beneficiam os mais ricos. Nos vídeos, o personagem “Hugo Nem Se Importa”, inspirado no presidente da Câmara, aparece ironizando o povo e debochando de políticas públicas.

Em um dos vídeos, ele diz: “Fala, meu povo escravo do trampo. Aqui quem fala é o deputado Hugo Nem Se Importa. Agora é hora do jantar de luxo. E quem paga a conta? Vocês. Relaxa, galera. Podem comer e beber à vontade. Reembolso é pra isso mesmo, pra degustar o suor do povo.”

Em outro trecho, entorna uma garrafa de whisky, imitando um gesto recente do próprio Motta, e afirma: “Relaxa, Brasil. Amanhã essa garrafa vira nota fiscal.”

A campanha surge no contexto de insatisfação popular após a Câmara derrubar o decreto do governo Lula (PT) que aumentava as alíquotas do IOF.

Em reação, o PT lançou sua ofensiva digital com a proposta de “Taxação BBB: bilionários, bancos e bets”, defendendo maior cobrança de impostos sobre os mais ricos como resposta à pressão do Congresso por cortes em áreas sociais.

Hugo Motta, por sua vez, demonstrou incômodo com os ataques que tem sofrido nas redes sociais e com as críticas públicas feitas por Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a quebra de um suposto acordo em torno do decreto do IOF.

Segundo aliados, o parlamentar, que está em Lisboa participando do 13º Fórum Jurídico, nega ter firmado qualquer compromisso com o Palácio do Planalto e avalia que está sendo injustamente responsabilizado pela derrota do governo na votação.

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