Bom desempenho do Brasil alavanca índice da JPMorgan para mercados emergentes

Atualizado em 3 de julho de 2025 às 21:43
Imagem ilustrativa com calculadora, moedas e gráfico
Imagem ilustrativa – Reprodução

O bom desempenho do Brasil foi um dos principais destaques da revisão otimista feita pelo JPMorgan para o índice MSCI de Mercados Emergentes. Em relatório divulgado no fim de junho, o banco elevou sua projeção para o indicador a 1.250 pontos até o final de 2025 — uma alta de 8,7% em relação à estimativa anterior, com retorno potencial de 16% no acumulado do ano.

O Brasil recebeu novamente recomendação overweight (acima da média do mercado), impulsionado pela expectativa de crescimento do PIB, pelo ciclo de corte da Selic e pelo aumento do apetite de investidores estrangeiros, mesmo diante das incertezas fiscais.

Prédio do JPMorgan

O índice MSCI de Mercados Emergentes mede o desempenho de ações de grandes e médias empresas em países considerados em desenvolvimento. A revisão positiva do JPMorgan reflete o otimismo com as economias emergentes, favorecidas pelo enfraquecimento do dólar e por uma onda global de cortes nas taxas de juros. Segundo o banco, 19 dos 21 países monitorados devem reduzir os juros nos próximos meses, com exceção da Índia e da República Tcheca.

Apesar das tensões comerciais que marcaram o primeiro semestre, o relatório indica que há espaço para surpresas positivas até o fim de 2025, à medida que a incerteza global diminui. O Brasil, ao lado de Taiwan, Colômbia e República Tcheca, aparece entre os países com maior potencial de alta no PIB do segundo trimestre. O cenário eleitoral de 2026 também é considerado, segundo o JPMorgan, um fator de atenção que pode gerar movimentos relevantes no mercado.

Além do Brasil, o banco aponta outras apostas estratégicas no universo dos emergentes, incluindo Índia, Coreia do Sul, Filipinas, Grécia, Polônia e Emirados Árabes Unidos. A expansão econômica dos Estados Unidos, embora moderada, também ajuda a fortalecer o apelo de diversificação dos portfólios globais com foco nos emergentes.