Eduardo Bolsonaro quer adiar votação da anistia à espera de sanção dos EUA a Moraes

Atualizado em 4 de julho de 2025 às 7:51
Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado. Foto: reprodução

Integrantes do PL revelaram que Eduardo Bolsonaro tem articulado nos bastidores para adiar a votação do projeto de anistia até que os Estados Unidos apliquem supostas sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O apelo foi levado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sob o argumento de que qualquer movimento pró-anistia agora poderia prejudicar os planos do presidente Donald Trump de retaliar Moraes.

Segundo aliados, Eduardo acredita que, uma vez sancionado internacionalmente, Moraes perderia respaldo institucional, abrindo caminho para uma anistia mais ampla, capaz de incluir seu pai, Jair Bolsonaro, entre os beneficiários.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Foto: Antonio Augusto/STF

A expectativa de parte da base bolsonarista é que as sanções sejam anunciadas na próxima semana — previsão que vem sendo adiada desde maio, sob justificativas como a guerra entre Israel e Irã e disputas políticas nos EUA.

Enquanto isso, um texto alternativo de anistia avança nas mãos de Hugo Motta e Davi Alcolumbre (União-AP), que negociam uma versão restrita apenas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, excluindo Bolsonaro. Ainda assim, o PL afirma que Motta prometeu pautar a proposta até 18 de julho, antes do recesso parlamentar.

Nos bastidores, o governo Lula monitora os movimentos com cautela e aposta que Motta evitará o confronto direto com o STF, sobretudo em um tema que pode reacender o tensionamento entre os Poderes.