Tarcísio já admite concorrer à Presidência e Centrão articula nome para ser vice

Atualizado em 6 de julho de 2025 às 8:26
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – Foto: Reprodução

A quinze meses das eleições, Tarcísio de Freitas (Republicanos), segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, já admite em conversas reservadas que deve concorrer à Presidência da República em 2026.

De acordo com aliados, o governador paulista discute cenários de campanha e estratégias de alianças com políticos e empresários. Em público, contudo, mantém o discurso de que buscará a reeleição no estado.

O Centrão, que vê Tarcísio como nome natural da oposição, já se articula para garantir espaço na chapa. O nome preferido para vice é o do senador Ciro Nogueira (PP), mas interlocutores reconhecem que, se Jair Bolsonaro (PL) quiser indicar Michelle Bolsonaro (PL) ou um dos filhos, o grupo dificilmente se oporia – a expectativa é que o ex-presidente anuncie seu apoio até dezembro.

O senador Ciro Nogueira – Foto: Reprodução

O impasse, ainda segundo um líder do Centrão, deve ser resolvido até o fim do ano: “Se o Bolsonaro não se definir até lá, é porque o candidato dele será o Flávio [Bolsonaro]” – o grupo trabalha com a hipótese de unir o bolsonarismo em torno de um nome único para enfrentar Lula ou outro nome governista em 2026.

A pesquisa “O que pensam os deputados federais”, da Genial/Quaest, mostra que 49% dos parlamentares acreditam que Tarcísio será o nome da oposição em 2026.

O índice subiu em relação aos 39% registrados em maio de 2024. Entre os deputados da oposição, 56% apontam o governador como favorito, enquanto 32% ainda apostam em Bolsonaro e 6% em Michelle.

Gilmarpalooza

O governador de São Paulo já vinha sendo tratado como presidenciável durante sua participação no Fórum de Lisboa, em Portugal, onde se destacou como um dos nomes mais assediados por políticos, advogados e participantes do evento, que também é conhecido como evento popularmente conhecido como “Gilmarpalooza”, uma vez que é organizado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.

Apesar de evitar a imprensa — usando corredores laterais e recusando entrevistas —, Tarcísio permaneceu por longos períodos no palco após os debates, sendo cercado por pedidos de fotos, cumprimentos e demonstrações de apoio.