
Na terça-feira (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniram pela primeira vez após a derrubada do decreto que elevava o IOF. O encontro, realizado na residência oficial do presidente da Câmara, contou também com a presença da ministra Gleisi Hoffmann, do presidente do Senado Davi Alcolumbre e de outras lideranças.
A iniciativa, segundo o Globo, teria partido de aliados de Motta, que querem uma saída antes da reunião de conciliação marcada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para o dia 15 – o governo recorreu à Corte após o Congresso anular o decreto, e o ministro Alexandre de Moraes suspendeu tanto o decreto quanto a decisão do Legislativo.
Haddad evitou declarações à imprensa, mas já havia dito que o Brasil precisa de uma “boa condução dos trabalhos” entre os Poderes.
O ministro ressaltou que não pretende alimentar conflitos com o Congresso e defendeu uma solução negociada para garantir o avanço da agenda econômica. “Precisamos encontrar um caminho”, afirmou.
Enquanto Haddad busca aproximação, o ministro Rui Costa reforçou que o governo seguirá defendendo a validade integral do decreto do IOF, o que acirrou os ânimos entre Executivo e Legislativo nos últimos dias.
Em outra frente, a ministra Simone Tebet confirmou que o governo manterá a meta fiscal de superávit primário de 0,25% do PIB para 2026.

Segundo ela, isso exige medidas concretas para redução de gastos e revisão de benefícios tributários. Haddad também destacou que os gastos com isenções fiscais chegaram a níveis “absurdos” e que o compromisso com a meta deve envolver os três Poderes.