
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e o jornalista Paulo Figueiredo emitiram uma nota conjunta à imprensa que foi lida ao vivo por Guga Chacra durante a Edição das 18h desta quarta-feira (9), na GloboNews. O texto fala sobre a medida anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifa de 50% a produtos brasileiros.
“A carta do presidente Donald Trump ao presidente brasileiro é clara, direta e inequívoca e reflete aquilo que nós Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo há muito tempo temos denunciado denunciado. O Brasil está se afastando de forma deliberada dos valores e compromissos compartilhados com o Mundo Livre”, alegaram.
O texto segue: “Há décadas o Brasil está inserido na comunidade internacional democrática, liderada pelos Estados Unidos. Essa inserção traz privilégios, mas exige compromissos civilizatórios mínimos. Respeito aos direitos humanos, ao devido processo legal, a liberdade de expressão de imprensa e a realização de eleições transparentes com ampla participação da oposição”.
“Nos últimos meses temos mantido diálogo com autoridades do governo do presidente Trump. Sempre com o objetivo de apresentar com precisão e documentos a realidade que o Brasil vive hoje. A carta do presidente dos Estados Unidos apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que viemos apresentando com seriedade e responsabilidade. Ao Brasil, todos os avisos foram dados por vias diplomáticas, declarações públicas, cartas, audiências no congresso e reuniões privadas”, detalharam.
“A resposta das autoridades brasileiras foi o escárnio, risos, ironias e mais grave, a escolha de dobrar a aposta. Enquanto o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre Moraes colecionavam violações de direitos humanos contra jornalistas, contra cidadãos residentes dos Estados Unidos, também avançavam sobre o líder da oposição, o ex-presidente Jair Bolsonaro, negando-lhe garantias mínimas de legalidade, defesa e presunção da inocência na forma de farsa, da farsa de um julgamento quase sumário em sua em um tribunal de exceção”.
“Em relação as restrições de vistos para violadores da liberdade de expressão anunciadas pelo governo americano recentemente, o Supremo resolveu retaliar”, continuaram Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo. “Já na semana seguinte, a medida a corte pautou e decidiu por uma revogação parcial do Marco Civil da Internet, medida que inviabiliza o funcionamento regular das redes sociais americanas no Brasil. Um ataque direto à liberdade de expressão”, reclamaram eles.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se licenciou da Câmara para ficar na Flórida, soltou uma nota sobre a carta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifa de 50% a produtos brasileiros e voltou a dizer que Jair Bolsonaro é perseguido. Veja com… pic.twitter.com/dtzU6minv9
— GloboNews (@GloboNews) July 9, 2025
Na sequência, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo afirmaram que o presidente Lula (PT) se envolveu em uma sequência de desastres diplomáticos anti-americanos: “Com declarações raivosas suas de ministros e até da primeira dama, além de aproximações deliberadas com regimes autoritários como China e Irã. Ignorando os alertas da administração Trump”.
“Insistiu na expansão dos BRICS e chegou a criticar os Estados Unidos por neutralizarem o programa nuclear iraniano, uma ameaça global. Nada disso teria ocorrido sob a presidência Bolsonaro”, apostaram.
Os bolsonaristas insistiram: “Desde o início da a decisão do presidente Trump é clara, relacionamento comercial, diplomático e institucional com o Brasil deixou de ser equilibrado e benéfico aos Estados Unidos e precisa ser reavaliado a luz dos abusos cometidos por seus dirigentes”.
“Desde o início da nossa atuação internacional, buscamos evitar o pior, priorizando que sanções fossem aplicadas de forma individualizada, com foco no principal responsável pelos abusos, Alexandre de Moraes”, pontuaram eles.
A dupla de golpistas disse ainda que sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal deverão ser implementadas: “Eles prosseguem, por isso a partir do primeiro janeiro as empresas brasileiras que desejarem acessar o maior mercado consumidor do planeta, estarão sujeitas ao que se pode chamar de tarifa Moraes”.
Lendo o fim da carta, Guga Chacra finalizou: “E daí eles falam que cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma ampla anistia geral e restrita seguida de uma nova legislação que garante a liberdade de expressão. E daí assinam Eduardo Bolsonaro, deputado federal em exílio e Paulo Figueiredo, jornalista em exílio”.