
O advogado Jeffrey Chiquini, que assumiu nesta semana a defesa do ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, usou as redes sociais nesta sexta-feira (11) para levantar suspeitas sobre uma possível prisão do ex-presidente no sábado (12). “Tem sacanagem no ar. Por que todas as grandes redações do país convocaram seus repórteres e jornalistas para amanhã? De repente, estão todos de plantão!”, escreveu no X.
Martins é um dos indiciados na ação do STF sobre a tentativa de golpe de Estado. Ele está classificado no inquérito como parte do chamado “núcleo 2”, o setor jurídico da operação, que auxiliou com a criação de minutas para instituir Estado de Sítio e a aplicação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
Chiquini também defende o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, outro acusado no golpe. Em janeiro, Moraes suspendeu as visitas a Azevedo depois que a irmã do oficial tentou entrar na unidade em que ele está preso levando um panetone com eletrônicos escondidos.
Fontes da PGR também apontam que Jair Bolsonaro pode ser preso em breve. Segundo um integrante do Ministério Público ouvido pela Veja, “a conduta de Eduardo nos EUA, corroborada pelo ex-presidente aqui no Brasil, já motivaria um pedido de prisão contra Bolsonaro. Outros estão presos por muito menos”.
Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal, cresce a expectativa de uma possível ordem de prisão também contra Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos. A escalada de ataques públicos de Eduardo ao STF e sua articulação direta com o governo Trump motivaram um despacho recente do ministro Alexandre de Moraes.Segundo ministros da Corte, Moraes “deixou a senha” para a prisão do deputado ao afirmar que ele age para “interferir e embaraçar” o julgamento da trama golpista.
Tem sacanagem no ar. Por que todas as grandes redações do país convocaram seus repórteres e jornalistas para amanhã? De repente, estão todos de plantão!
— Jeffrey Chiquini (@JeffreyChiquini) July 11, 2025
Eduardo é investigado por coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A avaliação interna no STF é de que Moraes já vê evidências suficientes para uma prisão, e que a demora se deve à atuação considerada lenta de Paulo Gonet.