
Parlamentares aliados ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), avaliam que o Projeto de Lei da Anistia perdeu viabilidade após as recentes ameaças feitas pelos Estados Unidos.
Conforme apurou o analista de política da CNN Pedro Venceslau, durante o programa CNN Arena, a expressão “Trump matou a anistia” passou a circular com frequência nos corredores da Câmara, refletindo o sentimento predominante entre os deputados federais.
As declarações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que condicionou a aprovação do projeto à suspensão das tarifas impostas pelos EUA, foram recebidas de forma negativa no Congresso Nacional. Muitos parlamentares entenderam a postura do deputado como uma tentativa de chantagem e uma pressão externa indevida sobre as decisões soberanas do Legislativo brasileiro, gerando reações críticas entre diferentes bancadas.

Segundo fontes próximas ao presidente da Câmara, o clima político atual é de forte resistência à proposta. Avaliam que não há mais espaço para discutir o tema no momento, pois uma eventual aprovação do projeto de anistia poderia ser interpretada como um gesto de submissão do Congresso Nacional a interesses estrangeiros.
A situação se agravou ainda mais após as manifestações na Avenida Paulista. De acordo com interlocutores, o sentimento de indignação popular cresceu, e os protestos passaram a reunir públicos expressivamente maiores em comparação com atos anteriores. O aumento da mobilização reforça a pressão contra qualquer tentativa de anistiar envolvidos em atos golpistas.