Entorno de Motta diz que Trump derrubou a anistia

Atualizado em 11 de julho de 2025 às 22:54
Montagem de fotos de Donald Trump e Hugo Motta
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) – Reprodução

Parlamentares aliados ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), avaliam que o Projeto de Lei da Anistia perdeu viabilidade após as recentes ameaças feitas pelos Estados Unidos.

Conforme apurou o analista de política da CNN Pedro Venceslau, durante o programa CNN Arena, a expressão “Trump matou a anistia” passou a circular com frequência nos corredores da Câmara, refletindo o sentimento predominante entre os deputados federais.

As declarações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que condicionou a aprovação do projeto à suspensão das tarifas impostas pelos EUA, foram recebidas de forma negativa no Congresso Nacional. Muitos parlamentares entenderam a postura do deputado como uma tentativa de chantagem e uma pressão externa indevida sobre as decisões soberanas do Legislativo brasileiro, gerando reações críticas entre diferentes bancadas.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de perfil, em close, cabisbaixo, com a mão no rosto
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – Reprodução

Segundo fontes próximas ao presidente da Câmara, o clima político atual é de forte resistência à proposta. Avaliam que não há mais espaço para discutir o tema no momento, pois uma eventual aprovação do projeto de anistia poderia ser interpretada como um gesto de submissão do Congresso Nacional a interesses estrangeiros.

A situação se agravou ainda mais após as manifestações na Avenida Paulista. De acordo com interlocutores, o sentimento de indignação popular cresceu, e os protestos passaram a reunir públicos expressivamente maiores em comparação com atos anteriores. O aumento da mobilização reforça a pressão contra qualquer tentativa de anistiar envolvidos em atos golpistas.