
Em entrevista ao programa “PodCatia Entrevista”, apresentado por Catia Fonseca, Regina Duarte relembrou sua rápida e desastrosa passagem pela Secretaria Especial da Cultura durante o governo Jair Bolsonaro.
Ao explicar por que aceitou o convite de Bolsonaro em 2020, Regina disse que tinha grande admiração pelo então presidente: “Era o Bolsonaro me chamando, um homem que eu admirava, um político que eu sempre admirei e continuo admirando.”
Apesar disso, admitiu que não se sentia pronta para assumir o cargo: “Eu não me sentia nem um pouco preparada para esse cargo, de jeito nenhum. Mas ele disse que tinha uma equipe maravilhosa que ia me acompanhar.”
Sua gestão durou apenas 74 dias. Ainda assim, ela afirma que teve ao menos um gesto de que se orgulha. “Me deu tanto desespero que eu liberei o circo. Eles começaram a rodar pelo Brasil. Aí eu fico orgulhosa, gente, eu consegui pelo menos uma coisa”, diz.
Regina também criticou duramente a onda de regravações de novelas. “Você tá falando remake, quer dizer o quê? Uma coisa que fez sucesso lá atrás tá sendo refeita agora. Eu acho uma traição aos atores”, afirma. Ela defendeu que obras marcantes devem ser preservada. Sobre um possível retorno à TV Globo, Regina afirmou que só aceitaria trabalhar novamente na emissora se fosse em uma produção assinada por Manoel Carlos.
“Com Maneco eu faria qualquer coisa. Se fosse o Maneco, que eu fiz três Helenas com ele, eu não pestanejo”, declara.