As perguntas que ninguém faz ao mandalete do boné. Por Moisés Mendes

Atualizado em 12 de julho de 2025 às 23:14
Tarcísio de Freitas (Republicanos) coloca boné quando Trump foi eleito. Foto: Reprodução

O extremista moderado que governa São Paulo deu uma entrevista coletiva hoje. Disse que o tarifaço do neonazista americano será resolvido pela negociação e não pela política.

Isso foi o que ele disse: “A gente precisa estar de mãos dadas agora para resolver, deixar a questão política de lado e vamos tentar resolver essa questão”.

Nenhum jornalista teve a coragem de perguntar: por que então o senhor colocou o boné de Trump? Por que agora a política deve ficar de lado?

Deveriam perguntar, como questão objetiva, decisiva para que se confronte sua fala com suas atitudes políticas.

O boné na cabeça do extremista moderado é fundamental na compreensão do lado escolhido por ele na chantagem do neofascismo contra o Brasil.

É muito mais do que um adereço, é a expressão da sua adesão de capacho às posições de Trump, desde a eleição do indivíduo que até o estadão define como mafioso.

Por que agora essa conversa de que é preciso buscar a pacificação? Por que usou e escondeu o boné? Poderá usá-lo de novo? Por que apoiou as ameaças?

O jornalismo covarde das corporações deveria buscar inspiração na bravura dos repórteres do tempo da ditadura.

O jornalismo brasileiro da grande imprensa, que frequenta essas coletivas, é frouxo e medroso.

Veja o pronunciamento do governador paulista:

Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/