
A Rússia intensificou os ataques aéreos contra a Ucrânia nas últimas horas, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor uma tarifa de 100% sobre produtos russos caso a guerra não tenha fim.
De acordo com o governo ucraniano, foram lançados 136 drones russos em um único dia, dos quais 108 foram neutralizados pela defesa aérea. Além dos drones, quatro mísseis foram disparados a partir da região de Kursk, elevando o saldo de mortos para seis civis nas últimas 24 horas.
Trump afirmou que, se Vladimir Putin não encerrar o conflito, o governo americano aplicará tarifas pesadas sobre a Rússia. O anúncio foi feito após encontro com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, na Casa Branca.
O presidente americano também autorizou o envio de sistemas de defesa aérea Patriot à Ucrânia, revertendo a decisão anterior de suspender o fornecimento de armas a Kiev. Segundo Trump, o envio de equipamentos não será gratuito, mas sim um “negócio” para os EUA.
Paralelamente, o Congresso dos EUA prepara uma legislação bipartidária para ampliar as sanções contra Moscou e seus aliados. O projeto, liderado pelos senadores Lindsey Graham e Richard Blumenthal, prevê tarifas de até 500% para países que mantenham relações econômicas com a Rússia e contribuam para sustentar a guerra. Na lista de possíveis alvos estão China, Índia e Brasil, que seguem comprando produtos russos.

Foto: HANDOUT / AFP
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu publicamente o apoio americano e elogiou o projeto legislativo em curso. Para ele, essa postura dos Estados Unidos representa um avanço concreto em direção à paz e confere peso às negociações diplomáticas, que muitas vezes se revelam inócuas diante da escalada militar russa.
Enquanto isso, a Otan mantém a pressão diplomática. Mark Rutte permanece em Washington para uma série de reuniões com os secretários de Defesa, Pete Hegseth, e de Estado, Marco Rubio. O objetivo é coordenar ações entre os aliados ocidentais diante da persistência da Rússia em intensificar a guerra, mesmo sob ameaças econômicas.
A ofensiva militar da Rússia, somada às novas movimentações diplomáticas e comerciais dos Estados Unidos, intensifica a tensão internacional e coloca o Brasil em alerta. Caso o pacote de sanções seja aprovado pelo Congresso americano, o país pode sofrer consequências econômicas por manter relações comerciais com Moscou, especialmente no setor agrícola e de fertilizantes.