VÍDEO – Bolsonaro diz que é “apaixonado” por Trump e pelo povo dos EUA

Atualizado em 15 de julho de 2025 às 18:18
Jair Bolsonaro em entrevista ao Poder 360°. Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se arroga defensor do patriotismo brasileiro, protagonizou mais um episódio de subserviência aos Estados Unidos nesta terça-feira (15), em entrevista ao Poder 360°. Desesperado após o pedido de prisão apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro declarou ser apaixonado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora o considere “imprevisível”.

“O que passa na cabeça do Trump eu não sei. Ele é imprevisível. Eu gosto dele, sou apaixonado por ele. Sou apaixonado pelo povo americano, pela política americana, pelo país que é os Estados Unidos. Eu nunca neguei isso desde o meu tempo de garoto, o Trump sempre soube disso e me tratava como um irmão”.

Na última quarta-feira (9), Trump defendeu Bolsonaro em uma carta destinada ao presidente Lula (PT) impondo uma sanção com tarifas de 50% aos produtos brasileiros. O gesto foi justificado como uma retaliação à suposta perseguição política e judicial ao líder da extrema-direita.

“Ele botou naquela carta, no primeiro parágrafo, na primeira linha, o meu nome. Está sendo ‘caça às bruxas’ ou não?”, questionou Bolsonaro se referindo ao termo utilizado por Trump na carta. “Você acha que eu quebrei alguma coisa aqui em Brasília? Não tem cabimento o que estão fazendo”, emendou interagindo com a entrevistadora.

Processo contra Bolsonaro

Na última segunda-feira (14), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Bolsonaro (foi o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”. A declaração está no documento de alegações finais apresentado pela PGR no processo que apura a tentativa de golpe de Estado.

Segundo Gonet, Bolsonaro “figura como líder” da organização criminosa, tendo papel central na articulação e execução dos atos antidemocráticos após as eleições de 2022.

“Em última análise, o exame dos fatos e das evidências revela que Jair Bolsonaro desempenhou um papel central na orquestração e promoção de atos antidemocráticos”, afirma o texto enviado ao Supremo Tribunal Federal.