Sindicato dos Comerciários organiza ato contra Trump na 25 de Março

Atualizado em 17 de julho de 2025 às 21:29
Trump com o termo “MENTIROSO!”. Foto: Divulgação/Sindicato dos Comerciários de SP

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP) anunciou uma manifestação para esta sexta-feira (18), na região da rua 25 de Março, no centro da capital paulista. O protesto é uma resposta direta às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que colocou o famoso polo comercial na mira de uma investigação americana por suposta venda de produtos falsificados e pirataria.

A manifestação está marcada para às 10h, com concentração na Rua Carlos de Sousa Nazaré. O ato contará com a presença de lideranças sindicais, trabalhadores do comércio, representantes de movimentos sociais, além de integrantes do setor bancário. O sindicato afirma que a mobilização também repudia as críticas de Trump ao sistema Pix e aos fundamentos da economia brasileira.

Segundo o sindicato, Trump promove um ataque à soberania nacional ao incluir o Brasil em um relatório do Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), que invoca a Seção 301 da Lei Comercial americana de 1974. O dispositivo autoriza a imposição de tarifas sob alegação de práticas comerciais injustificáveis por parte de governos estrangeiros, o que resultou em um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros.

Rua 25 de Março em São Paulo. Foto: reprodução

Além da acusação de pirataria na 25 de Março, o documento americano cita a distribuição de conteúdos protegidos por direitos autorais através de dispositivos ilícitos, como consoles de jogos modificados e equipamentos de streaming clandestinos. As críticas de Trump também ganharam repercussão política no Brasil, com o presidente Lula e lideranças locais defendendo o comércio popular brasileiro.

Para reforçar o repúdio, o sindicato distribuiu cartazes com a imagem de Donald Trump marcada pela palavra “mentiroso”, que foram espalhados por estações de metrô como Anhangabaú e República. A campanha visual busca mobilizar não apenas os trabalhadores, mas também os consumidores que frequentam a região central de São Paulo.

Ricardo Patah, presidente do SECSP, declarou que o protesto é uma defesa dos empregos e da inovação nacional, contra o que classificou como uma ofensiva estrangeira injusta. “Estamos nas ruas contra essa afronta à economia brasileira e pela defesa da soberania do povo”, afirmou Patah. A expectativa é de que o ato reúna uma ampla frente de resistência contra as medidas propostas por Trump.